Amanda passara boa parte da noite anterior ajudando Yer a praticar Feitiços Convocatórios e ambas tinham milagrosamente conseguido terminar os deveres de Feitiços e Herbologia.Naquela fria manhã,ela decidiu sair para um passeio pelos terrenos de Hogwarts. Uma brisa suave a perseguia pelo longo corredor que também levava às cozinhas.
A garota percorreu o corredor rapidamente e subiuas escadas de pedra. O Salão Principal estava cheio de alunos que tomavam o café da manhã e ela vislumbrou muitas corujas voando entre as mesas, acima das muitas cabeças de estudantes ali presentes.
Suspirando, saiu do castelo. Os terrenos da escola estavam lindos como sempre. Amanda correu os olhos pelo lugar e viu que não tinha ninguém por ali e começou a andar lentamente...
- Andrômeda! - exclamou, quando sentiu a coruja pousar em seu ombro. - É pra mim, sei... - disse Amanda, retirando a carta que ela trazia na perna.
Andrômeda bicou-lhe o dedo de leve e levantou vôo. Amanda sentou-se embaixo de uma árvore e abriu a carta, era de seus pais.
"Querida filha.Estamos escrevendo esta carta para comunicar-lhe um fato antes que você o saiba por outras pessoas.
10 Comensais da Morte fugiram de Azkaban a dois dias atras e entre eles dois que atacaram e mataram seu bisavô, que era um auror talentoso. Eu e seu avô Jovino conseguimos pegá-los durante nossas buscas na época que Voldemort era o Todo Poderoso, mas agora eles estão soltos. Não tema querida, eles não podem lhe fazer mal enquanto estiver em Hogwarts. Eu e seu avô ficaremos bem. Por favor,não pense em sair procurando encrenca por aí e não pense que irá enfrentar qualquer seguidor ou o próprio Voldemort. Você ainda é uma jovem bruxa e não teria a menor chance, apesar de ter talento. Tenha paciência, estude e tudo ficará bem.
Abraços carinhosos
Seu pai.(Sua mão está na cozinha preparando aquele bolo de chocolate que você tanto gosta)"
- Bom, então é isso... Não faça nada, seja boa menina... Se eu pudesse enfrentar um desses comensais... Ou mesmo Voldemort... Eu iria mostrar o que se ganha quando se meche com minha família!- pensou,os olhos se enchendo de lágrimas.
Porque ela tinha que ficar parada,enquanto seus pais,parentes e amigos lutam com todas as forças contra a possível ascenção de Voldemort? Porque ela não pode vingar a morte de parentes e amigos? E porque... Porque o pai tem tanta certeza que ela deseja duelar com os Comensais ou mesmo com Voldemort, mesmo que fosse para morrer?
Seus pensamentos foram interrompidos por ruídos próximos. A garota virou-se e viu uma sonserina caminhando pelo local com o olhar no vazio, sem perceber para onde andava. Reconheceu-a vagamente como sendo Carol Smith, já ouvira falar da garota e já a vira nas arquibancadas nas partidas de Quadribol.
- Você está bem? - murmurou, quando a garota estava passando por ela.
- Eu?! - A sonserina assutou-se, não estava esperando companhia naquele momento. - Ah, não se preocupe,estou...
- Não tente me enganar... Ninguém anda assim por nada. - disse Amanda, cujos olhos ainda estavam molhados de lágrimas.
- Ninguém chora por nada também. - disse Carol fitando-a. Amanda enxugou os olhos rapidamente,
- Não é nada... Aliás,não me apresentei, não é? Amanda Gentilini,monitora e apanhadora da Lufa-Lufa. Sei que você é Carol, te vi algumas vezes nos corredores e nas arquibancadas durante as partidas de Quadribol. - disse Amanda,sorrindo levemente.
- Então Amanda...Porque tinha os olhos cheio de lágrimas? - Perguntou apesar de ter um pouco de noção, afinal sabia que não era a única da escola que perdeu alguém da sua família para comensais.
- Notícias ruins envolvendo meus pais... - disse mostrando a carta. - Comensais fugiram e dois deles são os assasinos de meu bisavô...E meu pai e me avô foram os que os trancafiaram em Azkaban... - disse Amanda.
Carol ficou em silêncio ouvindo a lufana falar. Esse era um assunto delicado, mas já conseguia se segurar. Era algo que deveria guardar, não aconteceriam como fora no dia anterior. Já tinha estravazado muito do que sentia.
- Eles pagarão por tudo que fizeram...VOU fazer com que paguem, prometo! - disse Amanda, abraçando a colega. Carol foi pega de surpresa, mas sentiu que a garota estava precisando de um ombro e ele acabara passando no momento.As lágrimas brotaram dos olhos da lufana e ela permaneceu abraçada com Carol por alguns minutos.A sonserina esperou até sentir que ela relaxava o corpo.
- Tchau Amanda...Fique bem, ok? - disse Carol, soltando-a aos poucos.
- Ok. A gente se fala qualquer hora dessas. - disse Amanda, sorrindo levemente. A sonserina dirigiu-se para o castelo e Amanda ficou por ali, pensando na promessa que acabara de fazer para si mesma... Iria cumpri-la ou morreria tentando..
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