Uma dupla improvável de alunos vai caminhando em direção ao castelo olhando disfarçadamente um para o outro em curtos intervalos de tempo.
- Bom, acho que a cozinha é lá perto do salão da lufa-lufa. Tem sempre cheirinho de comida por lá... Pensa alto Yeritza, apesar de estar atenta os movimentos do parceiro de vestes verdes.
- Como a gente vai falar com eles? Hum... sei lá ...a gente pode dizer que vai fazer um lanche...tipo um piquenique bem cedo, para a gente poder pegar hoje...
A jovem continua analisando as opções em voz alta, quando é interrompida
- Sabia que seu nome é muito estranho Yeritslfhj ? - diz o sonserino, que fica enrolando a língua simulando vômito.
- O seu é muito normal né Sqqualeurcoisa? Não tem problema se você é incapaz de dizer meu nome, porque para você eu sou srta Druon mesmo... - Diz a garota, sem olhar para trás.
- Dru o que? Vou te chamar do que eu quiser, tá achando o que? E pode deixar que eu sei como lidar com esses bichos...
- Eles não são bichos... A Ethel, por exemplo, acho que até ganha da Sra Druon.... - Diz a lufa-lufana, lembrando da elfa doméstica da senhora que a adotou, que se vestia como uma boneca.
Squall acha estranho como ela fala da mãe, Sra. Druon... mas não fala nada. Tira dinheiro do bolso das vestes e pergunta:
- Quanto você tem aí?
- Por que? - Pergunta a garota desconfiada.
- Ora por que, para subornar os elfos! Ou você acha que eles vão sair por aí dando comida?
A jovem pensa um pouco, lembrando-se como a elfa da Sra. Druon gostava de fitas e outras bugingangas... na certa ela ganhava para comprá-las, não é?
- Pode dar certo... tudo bem mas eu só tenho isso... - diz remexendo nas vestes e passando alguns nucles para o sonserino.
Squall se aproxima de um elfo doméstico que está perto da grande pêra que dá entrada para a cozinha, entrando logo atrás dela.
- Hei, me traga estes doces, salgados e litros de suco de abóbora! Diz prendendo o dinheiro junto com a lista na tanga esfarrapada do elfo, que se afasta dele horrorizado:
- Ele está tentando me expulsar daqui, quer me libertar... socorro!.... - e outras coisas numa velocidade tão grande que não deu para entender nada, mas em poucos segundos os dois alunos estavam cercados por um monte de elfos domésticos raivosos.
- Calma... - tentou a jovem lufana...
- Era porque gente queria fazer um piquinique logo cedo, e ....
Mas sua aproximação só fez com que os elfos continuassem se aproximando ainda mais carrancudos, o que tornou a cara deles, que já estava feia, em uma expressão realmente assustadora. Assim os dois começam a correr, parando somente em um vão perto das masmorras.
- Droga, e agora?
- E agora o que? - Pergunta Amanda que estava passando com o Liam, levando disfarçadamente alguns itens para confeccionar os convites.
- Não que lhe interesse lufana, mas os elfos expulsaram a gente de lá. Resmungou o sonserino
- Ora mas eles são supergentis... Eu já fui lá várias vezes e eles me trataram super bem. São prestativos, fiquei até sem graça com tantos cuidados...Conheci uns elfos bacanas e... - Amanda interrompe a frase bruscamente.
- Conheceu alguns elfos?! Claro... faz sentido você fazer amizade com esses seres imundos... - diz Squal,com desprezo.
- O que houve para eles expulsarem vocês de lá? - Pergunta Liam desconfiado, interrompendo a provocação.
- Dei dinheiro para eles separarem coisas para a gente...
- Que droga Squall, você não sabe que eles consideram receber qualquer coisa como ofensa grave? Vocês não vão conseguir mais nada com eles! Até Crable e Goyle sabem disso! - Diz o grifinório, tentando disfarçar sob as mangas das vestes os rolos de pergaminhos multicoloridos.
- Não me venha com essa Liam, não é você que teve que ficar ao lado dessa lufana - Disse o sonserino lançando um olhar de desprezo para a garota de vestes amarelas-canario.
- Ah, fica quieto...Vamos Yeritza, eu pego a comida com você então - Disse Amanda indo ao lado da outra lufana.
- Nem pensar, eu comecei isso eu vou terminar. - Disse Squall, enquanto Yeritza produz um suspiro de contragosto.
- Então vão logo, não temos tempo para perder - Falou o grifinório.
Squall e Yeritza andavam novamente até o quadro de frutas, entrada da cozinha, a lufana esticou a mão em direção a pêra e a vez cócegas o que fez abrir o portal. Vários elfos pararam de trabalhar para acompanhar o passo dos dois dentro da cozinha, certamente eles não eram bem vindos lá.
- O que estão olhando, nunca viram um bruxo não? - Disse Squall alterando a voz para um bando de elfos do lado esquerdo que fizeram cara feia e voltaram a cozinhar.
- Nossa! Desse jeito vamos conseguir muita comida mesmo! - Disse a lufana.
- Ótimo, faça do seu jeito yepriza, vamos ver se consegue algo. - Diz Squall.
- É Yeritza! - Disse ela chegando perto de uma elfa com um laço amarelo mal feito na cabeça.
- Olá eu sou Yeritza da Lufa-lufa e precisaria de comida para um café da manhã que farei amanhã com alguns amigos, então se você puder me arrumar... - Disse Yeritza tirando uma longa lista das vestes.
A elfa se vira para a garota e faz uma expressão mista de incredulidade e medo, como se tivesse diante de alguma visão. O pote que ela carregava caiu, o barulho da queda misturando-se com um silvo muito agudo, uma nuvem de farinha trigo envolvendo a estudante, fazendo assim Squall cair na risada.
- Não teve graça! - Disse a garota voltando ao lado do sonserino.
- Tá vendo isso que dá se apresentar como uma lufense, isso suja a aparência de alguém, agora veja um profissional trabalhando.
- O que você vai fazer? - Perguntou a Lufana assustada, afinal o sonserino seria capaz de sair lançando feitiços para todos os lados até que alguém lhe arrumasse comida... Agradecendo mentalmente ao Henry por ter tirado a varinha de ambos.
- Não faço a mínima idéia. Sabe de uma coisa, você fica bem mais bonita de branco.- Disse Squall reparando nas vestes agora brancas da lufana por causa da farinha.
- É? Er.. Obrigado - Disse a lufana desconcertada.
- Claro que fica bem mais bonita, parece um fantasma, você pode até substituir a Murta no banheiro agora. E ainda mais não aparece aquelas vestes amarelas ridículas -Enquanto falava, Linux passava o olho por toda a cozinha e se deparou com uma elfa perto do fogão tomando uma cerveja amanteigada, já estava bêbada.
- Olha aqui ridículo é... Ei! Volta aqui eu to falando com você! Sonserino estranho viu! Ah que coisa... - Disse Yeritza enquanto Squall fora em direção a elfa.
Enquanto sacudia o grosso da farinha ela agradecia mentalmente ao Henry por ter ficado com a varinha de ambos evitando o duelo que certamente ocorreria depois daquela zombaria ou que aquele menino azarasse algum dos elfos.
- Oi, elfa. - Disse o sonserino se aproximando da bebada Winky.
- Meuzz nomez é Win- uglhg-kizz.
- Bem, eu vou lhe chamar de Win. - Disse o rapaz levando em conta de que só ouvira o primeiro nome da elfa.
- Eu fiquei olhando em volta, todas as cervejas acabaram... O que você vai fazer agora?
- Acabou? - a elfa olhou em volta, só se via garrafas vazias, a elfa se jogou no chão aos prantos.
- Mas eu sei como conseguir bebida - Disse o garoto abrindo um sorriso malvado enquanto a elfa parava de chorar.
- Como?
- Bem, claro que eu preciso de um favor antes...
- Qualquer coisa! - Berrou a elfa chamando a atenção de alguns elfos ao lado. Squall fez sinal a lufana que se aproximou da elfa jogada no chão e ao sonserino.
- Me dá a lista - Disse Squall a lufana que o entregou a lista de comes e bebes necessários para a festa.
- Eu quero tudo isso, em dobro para uma festa que eu vou fazer amanhã de noite, mas ninguém pode saber de nada. Se você fizer tudo certinho no próximo final de semana a Hogsmead eu trago a você 7 litros de cerveja. - Disse o sonserino.
A elfa olhou nos olhos do garoto e arrancou o papel das mão dele.
- Venham no jantar de amanhã, vai estar tudo pronto. - Disse a elfa com os olhos brilhando.
- Foi um prazer fazer negocio com você Win. - Disse Squall saindo de perto da elfa e indo para o portal de saida da cozinha. O Sonserino percebeu que a lufana ainda estava olhando para a elfa jogada ao chão com uma certa pena.
- Coitada da elfa! - Comentou Yeritza, ao saírem da cozinha.
- Eu não vou obrigá-la a beber, eu vou dar o combinado e ela faz o que quiser com a cerveja. O importante é que eu consegui a comida, não consegui? Agora com licença tenho que arrumar a minha fantasia e a fantasia do Loki para a festa.
- Loki? - Perguntou Yeritza enquanto andava ao lado do sonserino.
- Meu gato.
- Sério? Eu não tenho nenhum animal...
- Que pena... - Disse o sonserino chegando ao salão principal onde os outros colegas estavam disfarçadamente combinando aspectos da festa.
- O que é que pena? - Disse Ann achando estranho o sonserino conversando com a lufana.
- Nada, só vim aqui pegar a minha varinha Henry, olha só ela esta inteira. - Disse Squall impaciente mostrando a lufana ao lado.
- Aqui está! - Henry entregou as varinhas para os dois.
- Yeritza, o que aconteceu? - Perguntou amanda vendo as vestes brancas da colega de casa.
- Garanto que foi esse sonserino! - Disse Amanda querendo partir para cima de Squall, impedida por Henry.
- Evanesco! - Disse Squall para as vestes da lufana que ficaram amarelas novamente
- Eu ainda preferia o branco. - Disse o sonserino não ligando para o ataque de Amanda e saindo da sala.
- Calma Amanda. Meu material ainda está com você? Uma elfa que ficou com medo de mim e deixou cair um pote de farinha, pode isso? Tenho aula agora... Fala Yeritza, olhando para o relógio da Amanda.
- Aritmancia! Já tá na hora! Levanta Ann de repente, juntando o material. Vou com você, tudo bem?
- Claro, sem problemas. - Responde a jovem, pegando o seu material com a Amanda.
As duas se despedem dos colegas e seguem para a sala da professora Sinistra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário