Todos os alunos olharam para o homem de proporções incomuns que arrastava um boi inteiro para a clareira da mata, cujo chão estava coberto pelo amarelado produzido pelo sol que se infiltrava pelas copas das árvores. - Ué, cadê a Prof.ª Grubble-Punk?
- Esse é o professor Yeritza. Ela estava só substituindo o Hagrid! Responde Amanda, posicionando-se perto do meio da clareira, junto com o primo.
- Agora eu quero saber por que o Prof. Hagrid está assim! Diz uma voz atrás de Yeritza e Amanda. Os primos Boulevaire também procuravam um lugar na clareira além da orla da floresta para assistir a aula do recém chegado professor.
- Aí monitora, será que você não descobre o que aconteceu com ele não? Pergunta Ken, dando uma leve cotovelada em Amanda.
Enquanto o professor ferido continua ajeitando o bovino morto o restante dos lufa-lufanos e corvinais se ajeitam a região onde os Boulevaire se encontravam funcionando meio como fronteira entre as casas: à direita Henry e uma corvinal que tinha estado na festa do começo do ano com uma amiga e todos os outros corvinais e à esquerda os pupilos de Helga Hufflepuff.
- Bom dia garotos! E garotas! Disse o professor, a ultima frase dita para uma corvinal que se preparava para reclamar da falta de distinção. - Hoje eu vou mostrar uma coisa muito interessante para vocês, realmente bem diferente! Aproximando-se das árvores em direção contrária à do castelo, o prof.º Hagrid soltando um assobio estranho, com um tom meio fúnebre. - Daqui a pouco eles estarão aqui, acho que vocês vão gostar.
Uma brisa fria vinda do alto, da parte esquerda da mata foi sentida por todos os alunos da lufa-lufa, que se aconchegaram na capa escolar antes de erguer o olhar para identificar o motivo do vento repentino.
- Chegaram! Senhores e senhoritas, estes são os responsáveis pela chegada de vocês a Hogwarts, quero dizer responsáveis em parte, já que vocês pegam o trem antes. Dizia o professor, enquanto Yeritza via uns bichos parecendo cavalos mas totalmente descarnados pousavam ao redor do boi e fechavam as asas esfarrapadas, os mesmos que vira no começo do ano puxando as carruagem. Assim que conseguiu se desvencilhar do olhar de um dos animais que a encarava Yeritza olhou para Amanda que olhava para os seres com lágrimas nos olhos.
- Estes são os Trestrálios. Agora, quem consegue vê-los? Pergunta o meio-gigante.
- Mas ver o que professor? Afinal o que tem no boi? Pergunta Zacharias Smith. Hi, caraca, ele está sumindo!
- Bom o Sr. Smith não vê, mas agora sabe que existe, certo? Amanda, você está vendo imagino. Mais alguém? Um ou outro aluno confirmava ver os seres, enquanto um deles se aproximava da fronteira das casas, farejando na direção de Yeritza que não olhava mais para o centro da clareira onde a maioria dos trestrálios devoravam a carne do boi, só tentava entender pelas feições dos colegas por que alguns viam e outros não.
- Oopa garoto, não assuste as meninas! Disse o professor, afastando delicadamente o ossudo cavalo alado e voltando-se para Yeritza. - Você é a nova aluna né, a afilhada da Avlis Druon? E você, pode ver? Questiona o professor, recebendo como resposta para ambas as questões um aceno de cabeça. - Certo certo.
- Mas por que elas vêem e eu só vejo carne voando? Pergunta Kenneth Boulevaire.
A resposta de Amanda é imediata, apesar de levemente trêmula: - Por que só vêem trestrálios... aqueles que viram a morte. Algumas garotas se apertaram mais em seus sobretudos após a descrição.
- Isso mesmo Srta. Gentillini, creio que devo um ponto para a lufa-lufa agora! Mas não se preocupem o que falam dos trestrálios é pura superstição. O fato é que eles tem um ótimo senso de direção, estes em especial, pois venho treinando-os para as carruagem há muito tempo o que os tornou mais dóceis também. Explicou o professor, utilizando a mãozorra para acariciar os farrapos que estavam no lugar das crinas.
- Bom, eu acho que isso é tudo. Eu gostaria que vocês fizessem um resumo sobre esses admiráveis animais para a próxima aula. Se quem os vê quiser fazer um esboço, pode ficar à vontade talvez dê pontos extras para isso, talvez. Classe dispensada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário