quarta-feira, 24 de novembro de 2004

- Oi!!Amanda!!
- Estou cega,mas não surda,Laís... - disse,sendo no minuto seguinte abraçada por ela.
- Desculpa!!Ah,estou tão feliz em te ver!!E mais ainda,você vai voltar a enxergar!!
- Também estou feliz.Quero sair logo dessa ala hospitalar,mas enquanto minha visão não voltar,estou presa a essa cama....
- Mas logo sua visão voltará,e melhor do que antes... - senti que ela se sentara na cama.Um ruído de asas batendo penetrou em meus ouvidos.Algo macio pousou em meu colo... - Ândromeda!! - exclamei,quando a coruja me deu uma bicada carinhosa no dedo. - Ela chegou hoje cedo...Procurou você desesperadamente...Mas enfim encontrou,não é,Andrômeda?!Vem,deixa eu tirar essa carta... - disse Laís.Senti algo em meu colo,parecia um embrulho.Andrômeda devia ter trazido algo mais.- É do seu avô...Quer que eu leia?
- Sim,por favor...
-" Querida Amanda,espero que não sofra mais acidentes em partidas de Quadribol,você é uma boa jogadora,espero um dia poder vê-la jogar.Quando é a próxima partida de Quadribol?Estou lhe enviando um presente que com certeza tornará suas partidas muito mais prazerosas..." Amanda...Ela trouxe...Uma vassoura!!Ah,vamos abrir e ver?!Ah,não Amanda...Sinto muito...Esqueça.
- Tudo bem...Termine de ler a carta...
-" Quanto ao sermão,não vou poupá-la dele.Você deveria parar de arrumar tants confusões e ignorar as pessoas que fazem certas coisas com você.Se elas são capazes de matar sua coruja( Recebi uma coruja de uma amiga sua contando isso) são capazes de fazer algo ruim com você.Fique calma,que pessoas assim sempre recebem o castigo merecido,mais cedo ou mais tarde,e não cabe a você condenar nem castigar ninguém.Espero sua resposta em breve e faço votos de quê esteja bem.Abraços."-Ele realmente não poupou o sermão...Laís,você poderia levar essa vassoura para o dormitório?
- Levo,mas...
- Fique tranquila...Estou legal. - senti o peso da vassoura abandonar meu corpo e ouvi Laís sair da ala hospitalar...Droga de ala hospitalar...Queria sair logo,poder jogar Quadribol,assistir as aulas e estar com minhas amigas...Quanto tempo teria que aguentar aquela agonia de não enxergar?!Andrômeda piou baixinho,e começou a bicar minha mão de leve. - Andrômeda... - ela parecia entender o quê ia no fundo de minha alma,acariciei-a por alguns momentos.Então,um lampejo de luz,e enxerguei a ala hospitalar por alguns segundos,alguns maravilhosos segundos. - AH!! - gritei,espantada e feliz ao mesmo tempo. - Amanda?!Venho te visitar e te encontro gritando?! - uma voz soou em algum lugar à minha direita. - Ângela!!Eu...Eu vi!!Eu... - estava tão animada que Andrômeda deixou meu colo,piando irritada. - Ah?!Você recuperou a visão?! - Ângela segurou minhas mãos. - Sim...Quer dizer,não...Enxerguei a ala hospitalar por alguns segundos...Minha visão deve voltar logo!!
- Seu pai não foi o único a lançar um feitiço em você...
- O quê?!Mas,só Ponfrey pode ter lançado algo mais.
- Não foi ela...
- Ângela?!O quê você fez?!
- Não aguentava vê-la tão desanimada...Pesquisei na biblioteca durante algum tempo e descobri um feitiço...Chamado Contiflama...Impede infecções,entende.O feitiço que a atingiu poderia causar uma inflamação nos seus olhos mesmo depois de seu pai tê-a ajudado,é algo imprevisível,seu pai deve saber disso,mas preferiu esperar para ver se causaria ou não uma infecção.Mas eu não ia esperar acontecer para fazer algo,então,agi antes...Aqueles sonserinos souberam escolher bem o quê lançar em você para incapacitá-la.- Mas quando...- comecei a falar,mas ela me interrompeu.
- À noite.Você não viu,pois dormia profundamente.Quase fui pega por Filch,mas não me importava.Ajudá-la vale qualquer detenção que eu possa receber...
- Ângela...Eu...Obrigada... - disse,os olhos marejados de lágrimas.Então,novamente um lampejo de luz e vi que Ângela também chorava...Mas logo tudo escureceu novamente...- Não é nada,Amanda...Apenas fiz o que tinha que ser feito.Fico feliz que esteja se recuperando. - então,sem pensar,debrucei-me para o lado,os braços abertos,e Ângela,que entendera muito bem o quê eu pretendia,me puxou para um abraço emocionado.

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