quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O SENSEI

Em outro ponto do salão, Arion já havia estuporado dois oponentes e corria para ajudar Victor, mas um Comensal da Morte chegou por trás dele e o petrificou. Com um Kiai de fazer gelar o sangue, ele saltou, cobrindo uma distância de uns cinco metros, atingindo Avery com um chute no tórax em pleno vôo, fraturando-lhe umas duas costelas. O Comensal da Morte caiu ao solo e foi imediatamente estuporado.

_Da próxima eu lhe dobro a dose!

Harry comentou com David:

_Cadê os Aurores? Daqui a pouco vai ficar difícil de segurar esses caras.

_Veja, Harry! _ disse ele _ Nossos reforços estão chegando!

Com efeito, uma esquadrilha de Aurores e membros da Ordem da Fênix, capitaneada por Slughorn e Mestre Mason, irrompia pela abertura resultante da explosão do C-4 que David instalara, todos montados em velozes vassouras Stornbolt. Ainda em vôo, fizeram chover feitiços sobre os bruxos das Trevas. Tinham vindo ajudar os jovens Ninjas, que combatiam naquele salão como anjos furiosos. Admirado, Mason via seus discípulos de Nunjutsu saltarem, correrem por paredes verticais, equilibrarem-se em lugares impossíveis e movimentarem-se como se quase não tivessem peso, parecendo que dançavam no ar (?Isso eu não ensinei a eles. O Bukujutsu cada um aprendeu sozinho, com a força do seu próprio Ki? _ pensou Mason).

_O problema, David, é que os deles também. Veja.

Pelos corredores ouvia-se o tropel de dezenas de bruxos que vinham juntar-se aos Comensais da Morte do salão. David falou:

_Calma, Harry. Já pensei nisso. Aponte sua varinha para a entrada do corredor e coloque fogo naquele monte de pedras. Jan, Amanda, Façam o mesmo nos outros corredores.

Os quatro apontaram as varinhas para o ponto indicado e gritaram juntos:

_Flama!! _ da ponta de cada uma das quatro varinhas, irrompeu um jato de chamas que foi atingir, certeiro, o ponto indicado. Imediatamente a coisa que parecia um monte de pedras pegou fogo, levantando uma densa nuvem de fumaça.

_Agora, conjurem uma brisa para impulsionar aquela fumaça através do corredor.

_Zephyr! _ os quatro bradaram. Uma brisa se formou e levou a fumaça por toda a extensão dos corredores, envolvendo os Comensais da Morte que dirigiam-se ao refeitório. Em um primeiro momento, tudo o que se ouviu foi o som das tossidas dos bruxos. Quando eles chegaram ao salão do refeitório, pareciam estranhamente desorientados, rindo e disparando a esmo seus feitiços, alguns deles atingindo os próprios companheiros, todos com os olhos bastante vermelhos.

_O que houve com esses caras? _ perguntou Harry.

_Eles estão muito estranhos. _ comentou Jana.

_Parece até que estão bêbados ou... _ disse Mandy.

_Totalmente chapados. _ explicou CaBeLu, aos risos _ Aquela fumaça era de C-4 queimado.

_???

_O Prof. Slughorn explicou que o C-4, quando queimado, produz uma fumaça tóxica, que provoca forte sensação de embriaguez. Os caras respiraram aquilo por todo o corredor e chegaram aqui...

_Completamente ?Tchucos?. _ disse Jana rindo, acompanhada pelos outros.

Com a chegada dos reforços de ambos os lados, a luta redobrou de intensidade pois os Comensais da Morte, mesmo entorpecidos pelo estratagema de David, ainda eram bastante perigosos. Mason golpeava e Slughorn enfeitiçava como um raio. Shacklebolt, Dawlish, Williamson, Tonks e outros duelavam com fúria. Entre os membros da Ordem da Fênix que não eram Aurores ativos, destacavam-se Olho-Tonto Moody, Remus Lupin e... Fred e Jorge Weasley.

_Vocês aqui? _ perguntou Hannah, surpresa.

_Acha que nós deixaríamos a diversão toda só para você? _ perguntou Jorge.

_Além disso, ainda iremos ser muito famosos por derrotarmos esses babacas, não é mesmo? _ continuou Fred.

_Sem contar que mamãe nos mataria se deixássemos que algo acontecesse ao Harry. _ finalizou Jorge.

_Vão se ... _ disseram juntos Hannah e Arion, rindo.

Naquele momento Bellatrix, que havia sido reanimada, avançou para eles, pronta para lançar uma maldição letal, mas os gêmeos Weasley estavam preparados. Saltaram, cada um para um lado, escapando dos feitiços da bruxa e jogaram nela algo que se parecia com um emaranhado de fios de lã. Imediatamente aquilo começou a crescer e a se enrolar no corpo de Bellatrix, imobilizando-a.

_Vai ficar fora de ação por algum tempo. Ei, bruxa má, não tente se soltar. Quanto mais você se mexe, mais isso aperta. _ disse Fred.

_Mas não se preocupe. _ continuou Jorge _ Nosso Novelo Constritor afrouxa sozinho.

_É, depois de uns trinta minutos. _ concluiu Fred.

Deixaram Bellatrix às voltas com o Novelo Constritor e foram engajar-se em novos combates. Harry duelava furiosamente, de uma maneira que lembrava Sirius, seu rosto e corpo cheios de pequenos arranhões, resultantes dos estilhaços de pedras que os raios dos feitiços faziam saltar. De repente Lupin jogou-se de encontro a Harry, gritando:

_Cuidado, Harry!!

Um punhal, vindo das sombras de um corredor, passou exatamente por onde Harry estivera há um instante. Errando seu alvo, a lâmina foi cravar-se no ombro de Stivers que, já livre da Maldição Imperius, viera ajudar os outros Aurores, juntamente com os que Dawlish havia libertado das celas onde eram prisioneiros dos Comensais da Morte. Outro punhal veio logo em seguida mas Harry, já prevenido, lançou uma Shuriken que chocou-se com ele, desviando sua trajetória. Sua cicatriz começou a formigar, incomodamente.

_Saia das sombras, cobra medrosa! Será que tem medo de enfrentar um ?aborrecente?, como você mesmo já disse?

_Moleque insolente. _ disse Voldemort, saindo de um dos corredores com uma espada nas mãos. Uma Dai Katana. Imediatamente Harry sacou sua Ninja-to e avançou.

_Duelo de arma branca, serpente dos infernos? Vai encarar uma parada duríssima.

_Você não tem como me vencer, Harry Potter. Preste atenção em qual espada eu estou usando.

A espada Samurai empunhada por Voldemort possuía algumas esmeraldas no cabo e no guarda-mão. Na base da lâmina via-se, escrito tanto em caracteres japoneses quanto em alfabeto ocidental, ?Salazar Slytherin?. Era a espada do fundador da Casa Sonserina, nas mãos do seu descendente.

Sem dar importância para aquilo. Harry avançou mais um pouco, estudando o adversário e estabelecendo sua linha de ação. Lembrou-se das lições de Mason e de tudo o que aprendera sobre Miyamoto Musashi, inclusive com o fantasma do próprio. Então Voldemort atacou, sendo prontamente bloqueado por Harry. O jovem contra-atacou e o Lorde das Trevas defendeu-se. Continuaram assim por um bom tempo, faíscas saindo das espadas a cada vez que se chocavam. De repente, Voldemort conseguiu atingir Harry de raspão no ombro esquerdo. Um filete de sangue escorreu.

_Produzi o primeiro sangue, Harry Potter. Tentarei produzir o último, fazendo sua cabeça rolar pelo chão.

_Vá sonhando, cara-de-cobra. Aqui vai algo para você se lembrar de mim. _ e golpeou, a ponta de sua espada provocando um corte no rosto de Voldemort, que também começou a sangrar _ Todas as vezes em que olhar sua cara feia no espelho, vai recordar-se deste dia.

_Garotinho tolo. Sequer comecei a lutar de verdade. Segure isso! _ e atacou de forma surpreendentemente rápida para alguém da sua idade, utilizando um estilo que chamou a atenção de Mason, que duelava ali perto.

_Harry, ele está usando...

_Já sei, Prof. Mason. É o ?Corte de Nove Espadas?. Mas como você aprendeu isso, Voldemort?

_Da maneira comum, Harry Potter. Como um aluno do Ryu Ninja de Kuji-Kiri. Não alcancei o nível de vocês, jovens, nas artes marciais e nem me interessa. Mas essa técnica eu aprendi quando jovem e, confesso, jamais pensei que a usaria contra alguém. Principalmente contra você. Prepare-se para ir encontrar seus pais, moleque!

Voldemort atacou, utilizando toda a capacidade mortal daquela técnica proibida, ensinada nas escolas da mais negra e maligna distorção dos elevados princípios do Ninjutsu. Esperava simplesmente fatiar Harry inteiro, mas não contava que o jovem Bruxo-Ninja conseguisse simplesmente bloquear e contra-atacar todos os seus golpes. Embora Voldemort fosse, contra todas as expectativas, um magnífico espadachim, Harry Potter não ficava devendo nada em agilidade, força e sagacidade.

_Como conseguiu fazer isso, garotinho patético? Como foi capaz de sobreviver à mais mortal das técnicas proibidas do combate com espada? Um jovem de dezesseis anos não teria experiência suficiente para tal.

_A não ser que ele tivesse como professor alguém que soubesse como fazê-lo, Voldemort. Você sabe que o Ryu de Kuji-Kiri foi destruído nos anos 80, não sabe?

_Sim, sei. _ durante todo o tempo desse diálogo os dois não cessavam de trocar golpes de espada.

_Então você sabe que a escola responsável pela derrota dos Ninjas do mal, desenvolvendo os contragolpes para neutralizar as técnicas proibidas foi o Ryu de Togakure.

_Claro que sei, não sou um bruxo desinformado, seu pirralho abusado.

_Acontece que o nosso Shidoshi, Mestre Derek Mason, é o Sucessor de Togakure.

_Não pode ser! O último Sensei de Togakure não deixou descendentes naturais. A não ser que...

_Exatamente, cobra velha. Derek Mason é o filho de Hiram Mason e Renata Wigder-Mason. Ela era a filha legalmente adotada pelo Sensei de Togakure, com as prerrogativas e direitos de um descendente natural. Ele a treinou como Kunoichi e ela alcançou grau de Mestre Ninja, continuando a sucessão e transmitindo os direitos a seu filho que foi, após a morte dela e de Hiram Mason, criado no Japão por seu avô adotivo e treinado em TODAS as técnicas da Escola Togakure.

_Isso não vai salvá-lo de morrer nas minhas mãos, Harry. É bom saber que o seu destino está selado e que sua vida será tirada pela minha lâmina Murasama. Sim, Harry Potter. A espada pessoal de Salazar Slytherin foi forjada pelo mestre artífice de espadas Murasama, portanto é uma lâmina invencível.

Foi então que Harry começou a ficar meio preocupado. Sua Ninja-to não seria páreo para uma lâmina daquela qualidade. Inclusive ele sentia que ela não resistiria por muito mais tempo.

Dito e feito.

Após um golpe de Voldemort a lâmina da espada de Harry se quebrou e ele foi lançado ao solo pela força do golpe. Voldemort aproximou-se para dividi-lo ao meio com um só golpe. Levantou a espada e sorriu, distendendo aquela cara de serpente. Todos cessaram temporariamente os combates, prestando atenção na cena que se apresentava. Parecia que tudo estava perdido e que seria o fim de Harry Potter, e logo o fim dos Herdeiros

Mas...

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

A REDENÇÃO DE NARCISA MALFOY

Quando a poeira baixou, os Aurores começaram a arrebanhar os Comensais da Morte que tentavam fugir, cansados demais para duelar. Mason correu até os seus discípulos de Ninjutsu, encontrando-os sentados no chão, extenuados devido à enorme quantidade de energia despendida na formação do Olho de Shiva.

_Amanda! Diego! Vocês estão vivos, que bom! Harry, você acabou com ele, não foi?

_Não, Mestre Mason. O demônio conseguiu desaparatar, uma fração de segundo antes que o Olho de Shiva o atingisse. E, aliás, não o conjurei sozinho. Todos nós o fizemos, caso contrário ele não seria tão forte. _ disse Harry, sentado no chão _ Mestre. Mason, senti a minha Terceira Visão ser despertada e acho que o Di e a Mandy também sentiram, não foi?

os dois concordaram com a cabeça, bastante cansados. O Olho de Shiva era uma realidade e havia sido usado por aqueles três valorosos jovens de coração puro.

_Vocês precisam repor as energias, depois do esforço que fizeram. Isotonikós! _ Bradou Slughorn que se aproximava, três garrafas de isotônico foram conjuradas e materializaram-se à frente dos Bruxos-Ninjas, que começaram a beber _ Harry, vamos ver esse corte nas suas costas...Caracas, que profundo! E você não é o único. Todos estão precisando de assistência. Fawkes, venha cá um instante, por favor.

A bela ave aproximou-se e começou a derramar lágrimas sobre os fundos talhos nas costas e no braço de Harry. Depois que os ferimentos foram cicatrizados, sem deixar marcas, Fawkes curou os outros jovens Bruxos-Ninjas, um a um. Eles foram até o centro do salão, onde uns poucos Comensais da Morte, Lucius Malfoy entre eles, ainda teimavam em resistir, continuando a duelar e sendo derrotados pelos Aurores. Em menos de trinta minutos a batalha de Azkaban, para a qual os oito jovens haviam estabelecido a cabeça-de-ponte, estava terminada. A vitória pertencia às forças da Ordem da Fênix.

Os Comensais da Morte estavam sendo colocados em fila e imobilizados, um a um, para serem contados e levados de volta às celas. De um corredor lateral saiu Narcisa Malfoy, que havia sido reanimada do Feitiço Morpheus de Jana por outro Comensal da Morte mas que, por também ter inalado a fumaça de C-4 queimado, ficara tonta demais para retornar ao combate, tendo permanecido na sala onde Jana e Lucius a haviam deixado. Ainda estava meio desorientada.

Mason perguntou:

_Harry, como foi que você conseguiu invocar o Olho de Shiva e como foi que vocês conseguiram dar a esse feitiço perdido tamanha intensidade?

Olhando para Mason e para seus amigos, Harry Potter respondeu:

_Não sei bem ao certo, Mestre. Mason. Quando Voldemort pronunciou a primeira parte da Maldição Avada Kedavra eu acho que entrei em uma espécie de transe que durou menos de um segundo mas que, para mim, pareceu durar uma meia hora. Nesse transe, primeiro vocês todos pareciam estar paralisados e, depois, tudo sumiu e eu estava em um local fora do tempo e do espaço, dialogando com as divindades do Panteão Hindu. Brahma, Vishnu, Shiva, Sarasvati, Parvati, Kali, Durga, Gauri e Ganesh falavam comigo e me aconselhavam, principalmente Shiva, que não parou nem por um instante de executar a Dança Nataraja. Ele me mandou utilizar o mantra do Olho de Shiva, dizendo que o que o faria funcionar seriam a pureza do coração e a força do espírito.

_Mas ele não lhe ensinou o mantra?

_Na verdade, Mestre Mason, o mantra sempre esteve em minha mente, só que em um nível subconsciente, pois foi uma das coisas que Voldemort me passou quando tentou me matar pela primeira vez. Era uma lembrança do seu tempo de estudante, de quando ele havia lido o livro, antes de arrancar as páginas e depois roubá-lo de Hogwarts. O que Voldemort realmente queria era sacrificar Amanda para, com o seu sangue derramado sobre o livro, revelar a localização da quarta Pedra de Sankhara, assim encontrando quarto herdeio.

_E ele teria conseguido, se não fosse por um fato cujo conhecimento ele não tinha. _ disse Amanda, sorrindo e piscando para David, que abraçou a namorada.

_Incrível como todos os fatos convergiram dessa forma. O livro estava de posse da família da pessoa que poderia fazer com que ele revelasse seus segredos. Realmente, o acaso não existe. Seria uma predestinação?

Harry então falou:

_Acho que nem tudo é predestinado, Mestre Mason. Nos momentos realmente importantes é o nosso arbítrio que conta, para que tomemos as decisões que darão rumo aos fatos. Mas acredito na convergência dos fatos. Lilian poderia se aliar as Trevas ou fazê-lo em outro momento, mas então conheceu a verdadeira amizade e tomou sua decisão na hora certa. O aprendizado de Ninjutsu nos possibilitou estabelecer a cabeça-de-ponte que permitiu o ataque dos Aurores. Mas não teríamos conseguido se Lilian não fosse pára-quedista e não tivesse tido a idéia. A sua orientação, foi importantíssima para que fizéssemos a coisa da maneira certa. Jana Feubor, xereta como sempre, testemunhou todo o rapto do Diego e nos deu informações detalhadas. Mas o aviso de Firenze é que foi fundamental para que traçássem a nossa estratégia.

_Sem dúvida, Harry. _ disse David. Mas foi bastante arriscado fazer as coisas como fizemos.

_Era a única chance do plano dar resultado, David. Sem isso, a vitória de Voldemort seria certa. Não havia outro jeito senão Lily e eu trocarmos de lugar.

Enquanto conversavam os outros Aurores colocavam os bruxos da Trevas em fila e iam identificando cada um deles e manietando-o com um par de algemas que impedia sua desaparatação. Fred e Jorge juntaram-se a eles. Mais tarde, Lily chegou acompanhada po Dumbledore ao local.

Os amigos estavam conversando tranqüilos e recuperando-se do combate, bastante descontraídos. Entre os prisioneiros que aguardavam para serem algemados, encontravam-se Lucius e Narcisa Malfoy. Diego, Sophia E Llian saíram de onde estavam e aproximaram-se do casal. Narcisa tinha uma expressão de tristeza mal disfarçada, enquanto Lucius encontrava-se estranhamente calmo. Havia algo que ninguém sabia.

A varinha pertencente a Lily, ainda estava guardada dentro de suas vestes. Ele apenas aguardava que a oportunidade se apresentasse e ela logo surgiu, com a aproximação de Sophia, Lily e Diego.

Lucius Malfoy atingiu com uma cotovelada o auror que ia algemá-lo, Shacklebolt. O negro alto e careca caiu ao chão, sem ar, devido ao golpe no diafragma. O Comensal da Morte sacou a varinha de dentro das vestes e apontou-a para os garotos, dizendo:

_Eu prefiro que seja interrompida a linhagem Malfoy nesse exato instante do que vê-la conspurcada pela bondade dessa renegada da minha filha . AVADA KEDAVRA!!

_NÃÃÃÃÃOOOOOOOO!!!!! _ ouviu-se um grito.

Os acontecimentos que se seguiram pareceram demorar uma eternidade, embora tivesse passado um intervalo menor do que três batidas de coração, no qual houveram os seguintes eventos:

Narcisa Malfoy gritando;

Narcisa Malfoy desaparatando do lado de Lucius;

Narcisa Malfoy aparatando a frente de Lily;

Narcisa Malfoy empurrando Lily para longe do raio de ação da Avada Kedavra de Lucius;

Narcisa Malfoy recebendo, em cheio, todo o impacto do raio verde da Maldição da Morte;

Narcisa Malfoy caindo ao solo;

Narcisa Malfoy estirada no chão, moribunda.

Vendo aquilo, Lucius gritou:

_Narcisa! _ e, logo em seguida, _ Mulher tola e fraca! Por que foi que ela fez isso? Sacrificar-se por aquela filha renegada?

Lily ouviu as palavras de seu pai e sacou sua varinha cristalizada, com os olhos faiscantes de fúria:

_Como pôde fazer isso, meu pai? Havia tempo para suspender a maldição antes que minha mãe fosse atingida. Como pôde matá-la e, o que é pior, não demonstrar o menor remorso? Não o chamo de animal para não ofendê-los, pois um animal não faria o que o senhor fez. A prisão é boa demais para o senhor, meu pai. Prepare-se para receber o que lhe cabe. Avada...

_Impedimenta! _ Ouviu-se a voz de Arion e Lilian foi lançada longe, com a Azaração de Impedimento _ Não, Lily, não faça isso! Ele não merece!

Lucius tentou aproveitar-se da situação e, novamente, apontou sua varinha para os dois, mas não pôde utilizá-la. Sophia foi mais rápida do que ele e disparou seus feitiços na direção do Comensal da Morte.

_Estupefaça! Incarcerous! _ Lucius foi estuporado e caiu ao solo, já todo amarrado, a varinha indo parar fora de seu alcance.

Arion correu para onde Lily estava caída, ainda meio atordoada pela Azaração de Impedimento, dizendo:

_Me desculpe, meu amor. Acontece que eu não podia deixar que você descesse ao nível dele.

_Eu sei, Arion. Obrigado por ter me impedido de fazer uma loucura, enquanto eu estava com a cabeça quente e cega de fúria.

Um gemido os interrompeu.

_Mãe!! _ os dois correram até onde Narcisa estava caída e ajoelharam-se, um de cada lado, amparando-a.

_Lilian, filha... não me resta muito tempo. A maldição de Lucius não teve... força suficiente para me matar... na hora, m-mas já sei que não vou escapar.

_Não, mãe! _ e, apontando a varinha para o próprio peito, começou a dizer: ?Vita...?, no que foi interrompido por Narcisa:

_Eu a proíbo, filha. Mesmo... o Beijo da Vida já... n-não pode me salvar. Só quero lhe pedir que... que me perdoe. M-me deixei seduzir... pelo caminho das Trevas, mas não p-poderia permitir que Lucius matasse... nossa própria filha. E... e quanto a você, Arion... Geoffrey, se Lily ama você... isso quer dizer que você é muito especial. Faça-a feliz,... sejam f-felizes, vocês... dois, com ... a minha... minha bênção. _ com um último esforço, Narcisa ergueu-se um pouco, beijou o rosto de Lilian e o de Arion. Em seguida sorriu, fechou os olhos e morreu, nos braços do casal.

Lilian olhou para o rosto de sua mãe, olhou para Arion e começou a chorar, até que este chamou sua atenção para algo:

_Veja, Lily! O antebraço de sua mãe!

No antebraço esquerdo de Narcisa Malfoy a hedionda Marca Negra foi começando a ficar menos escura e mais indefinida, clareando cada vez mais, até desaparecer completamente.

Lilian ainda chorava, mas era um choro no qual a tristeza mesclava-se ao alívio. Narcisa morrera em paz. O seu sacrifício de amor a havia redimido.

Os outros aproximaram-se do casal, que continuava a sustentar o corpo de Narcisa. Harry ajoelhou-se ao lado de Lilian.

_Sinto muito, Lily. Não imaginava que fosse terminar assim.

_Não terminou, Di. Ela morreu livre de qualquer vínculo com Voldemort. Veja só, já não há mais qualquer vestígio da Marca Negra. Devemos agora cuidar de dar à minha mãe um funeral digno. _ dizia a loira, enquanto as lágrimas desciam pelo seu rosto.

Lucius Malfoy já havia sido reanimado do estuporamento lançado por Arion e estava sendo algemado pelos Aurores. Lily e Arion aproximaram-se dele.

_Pagará pelo que fez, meu pai. Isto vai lhe render uma sentença de prisão perpétua aqui em Azkaban Na verdade eu me enganei. A morte seria uma libertação, algo rápido demais. O senhor merece uma vida inteira de remorso e arrependimento, encerrado neste buraco.

_Só me arrependo de não ter conseguido atingir você. O que será agora da linhagem dos Malfoy, maculada por uma REGENERADA?

_Tenho certeza, meu pai, de que ela irá melhorar bastante. Quase todos os Malfoy, desde a Idade Média, sempre foram obcecados pela idéia de pureza do sangue, sem que abrissem os olhos para a realidade. Não há diferenças entre nascidos bruxos e nascidos trouxas. Hermione é a prova disso. Certa vez Harry comentou comigo que Dumbledore havia dito a Fudge que o importante não era o que a pessoa era ao nascer, mas o que ela fazia da sua vida a partir daí. Eu concordo com ele. Não posso crer que, um dia, senti orgulho do senhor e pensei que o senhor poderia mudar. Hoje fico feliz de haver chegado à conclusão de que a única semelhança que possuímos é a aparência física e nada mais. Somos muito diferentes, meu pai. Eu aprendi a reconhecer o valor de uma pessoa pelos seus méritos pessoais e não pelas suas origens. Quero lhe dizer que assumi o compromisso de lutar o máximo possível pelo restabelecimento da antiga harmonia entre bruxos e trouxas. No fundo, não há diferenças entre nós e eles.

_E você, mestiço idiota que virou a cabeça da minha filha? Não tem nada a dizer?

_Lilian já disse quase tudo, Sr. Malfoy. E agora já sei que o senhor é, na verdade, um desequilibrado e um fanático. Aqui é, realmente, o seu lugar. Somente em Azkaban o senhor não será um perigo para bruxos, para trouxas ou para si mesmo. Não considere a minha união com Lilian como se fosse uma mácula na linhagem Malfoy, mas uma entrada dos Malfoy no mundo real, uma injeção não de sangue mestiço, mas de sangue novo. Um dia, Sr. Lucius Malfoy, a bruxidade irá mencionar o seu sobrenome não com receio, medo ou suspeita, mas com orgulho e respeito, sabendo que não mais pertencem à Ordem das Trevas. A própria Narcisa Malfoy já sentiu os efeitos, ao morrer.

_Como assim, Sr. Campbell?

_Ao dar a vida para salvar Lilian, ela se redimiu e a Marca Negra desapareceu do antebraço dela. Ela morreu em paz o que, acredito, não ocorrerá com o senhor. Da justiça dos homens o senhor até pode escapar, como já o tem feito por todos esses anos. Mas há uma justiça maior, da qual ninguém escapa. E é nessa Justiça, Sr. Malfoy, que o senhor encontrará o seu julgamento final neste ciclo, neste Samsara. Quem sabe o senhor retorna no próximo ciclo como uma boa pessoa e pode purgar o Karma do seu passado e, assim, evoluir? Mas uma coisa é certa, Sr. Malfoy. O fanatismo pela pureza do sangue é um caminho errado. Espero que o senhor ainda consiga enxergar a verdade antes do fim deste seu Samsara.

Abraçou Lilian e ambos afastaram-se, enquanto Lucius Malfoy era conduzido à sua cela, rubro de raiva com as verdades jogadas na sua cara por dois jovens de dezesseis e dezessete anos. Os dois sequer olharam para trás.

Juntaram-se aos amigos e continuaram a matear, enquanto aguardavam o momento do retorno para Hogwarts. Quando chegou a hora, acionaram a Chave de Portal e desapareceram de Azkaban, Diego sobraçando o livro ?Luzes da Trindade? e Harry levando consigo a ?Espírito do Artífice?, a espada de Godric Gryffindor com sua aparência original de Dai Katana.

Materializaram-se em Hogwarts, no gabinete de Dumbledore.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

PEDRAS DE SANKHARA

Poucos instantes após a invocação, com um estalido Lord Voldemort aparatou ao lado de Lucius. E não estava sozinho. Junto a ele aparataram Bellatrix Lestrange, Victória Blanc e Peter Pettigrew.

_Lucius, meu amigo, meu braço direito. Me agradou muito conhecer essa sua veia poética.

_Pois para mim pareceram versos de pé-quebrado. _ disse Diego.

_Eis o jovem que eu esperava, a Sr. Blanc. A jovem Lilian trouxe o livro?

_Sim, Mestre. _ disse Nicolas _ Está dentro desta mochila. _ abriu a mochila e tirou de dentro dela o livro, para que Voldemort comprovasse a sua autenticidade.

_Excelente. Vamos verificar se é autêntico. _ abriu o livro e tirou de dentro das vestes as folhas que faltavam. O livro começou a se folhear sozinho e parou no lugar correspondente a elas. Voldemort as colocou no lugar e elas uniram-se ao restante do livro, como se jamais tivessem sido retiradas dele _ O livro é autêntico. Agora, vamos ver quem temos aqui... Diego Blanc e Amanda Gentilini, pequenos herdeiros, Acho que para você garoto é uma decepção ver os pais que tanto amava e que pensava estarem mortos, ao meu lado não é?. Arion Geoffrey Campbell, seu pai me causou muitos problemas no passado, com aquela maldita raiva dos vampiros, parece que você pretende seguir os passos dele. Hannah, pequena travessa, Oh! A adorável Jana Feubor, sua família ainda tem uma lingua afiada garota? Natalie Addams, a vergonha da Sonserina, além de andar com grifinorianos, namora um lufa-lufano ridículo como este Victor O'Connor. Vocês logo farão companhia aos pais de seu amigo Neville no St. Mungus ou, se tiverem mais sorte, não sairão vivos desta ilha. Por fim, a Srta. Sophia, a garota mais meiguinha da Grifinória e, quem sabe, de todo o corpo discente de Hogwarts. Se a senhorita não fosse uma garota tão ingênua e se tornasse minha aliada, ninguém seria capaz de nos deter.

_Pode ir esperando o Inferno congelar, Voldemort. _ disse Sophia, indignada.

_Após obter o que eu quero, Srta. Fleurs, até mesmo isso eu serei capaz de fazer.

_Como assim? _ e agora Sophia pareceu ficar curiosa _ O mantra do ?Olho de Shiva??

_O mantra existe, mas não funciona ou, pelo menos, não funcionou com nenhuma das minhas cobaias. Mas há mais no livro do que isso. A senhorita já ouviu falar das quatro Pedras de Sankhara, Srta. Fleurs?

_Eu conheço a lenda, Voldemort. O próprio deus Shiva entregou ao sacerdote brâmane Sankhara quatro pedras com três linhas gravadas, representando os três níveis do Universo. No interior de cada uma havia um diamante, que se iluminava quando as pedras eram unidas. A reunião das quatro proporcionaria poderes quase ilimitados ao seu detentor. Temendo que isso despertasse a ambição dos homens, Sankhara ficou com uma delas e dispersou as outras por pontos desconhecidos da Índia. As quatro chegaram a ser reunidas uma vez, pela Seita Thug no século XIX, mas todas elas foram destruídas quando o Exército Colonial Britânico combateu e extinguiu os Thugs. As pedras foram pulverizadas, os seus diamantes foram lapidados em jóias menores e o seu poder se perdeu. E isso é tudo. _ Diego mostrou seu conhecimento em História da Magia.

_E se eu lhe disser, Sr Blanc, que as pedras não foram destruídas?

_Como é, Voldemort?

_Graças à ambição de um jovem tenente dos Lanceiros de Bengala, as Pedras de Sankhara não foram destruídas e os diamantes delas foram colocados em quatro anéis. Esses diamantes ficaram conhecidos como ?Olho de Shiva?, pois quando reunidos dão ao seu detentor os poderes do terceiro olho do deus hindu, além de fortuna e vida eterna. Durante muito tempo o tenente usufruiu dos poderes das pedras, tendo dado baixa do Exército, enriquecido e permanecido jovem. Um dia, assustado com os poderes, ele resolveu esconder os anéis em um local ignorado, codificando sua localização em um mapa, a conselho de um velho guru. Esse mapa foi escondido magicamente em um livro, o ?Luzes da Trindade?, o qual li quando aluno. Arranquei as folhas que explicavam sobre ele, para que ninguém mais suspeitasse da sua importância e, quando me formei, roubei o livro e o levei para o meu orfanato. Porém ele me foi roubado e eu venho procurando por ele desde então.

_Com licença, Voldemort, mas onde eu me encaixo nesse seu plano de conquista? _ perguntou Diego.

_O senhor é importante para os meus planos justamente por ser um dos herdeiros assim como Gentilini. . Acontece que quando tomei conhecimento de que o livro que eu havia procurado por décadas estava de posse justamente de sua família, já imaginava o por quê. Godric foi mais astuto do que pensei. Porém meus esforços para obtê-lo foram frustrados por que o livro não estavam com seu bobos tios e sim em seu diário em Hogwarts. Mas finalmente, após a execução deste meu último plano, conseguimos reunir os dois elementos dos quais preciso para saber a localização da última Pedra de Sankhara e, conseqüentemente, do Olho de Shiva. Sim, as pedras representam os quatro elementos, terra, ar, água e fogo. Antes da fundação de Hogwarts, Godric, Salazar, Rowmena e Helga foram atráz dos anéis e os encontraram, desde então este anel é passado de herdeiro para herdeiro._ E levantando a mão mostrou um anel com uma pedra verde com o simbolo da soncerina, em seu dedo. _ E eu, possuo apenas um deles.

Diego olhou para seu anel e pode ver que em sua pedra um leão rugia ferozmente. Amanda também olhava para o seu e lá estava novamente o texugo.

_E como você acha que encontrará o outro herdeiro? _ Perguntou Amanda

_Com sua ajuda. Sim, Srta. Gentilini. Os requisitos para que o mapa se apresente e possa ser lido exigem que haja uma jovem e bela virgem, nascida bruxa, porém com imensa astúcia e lealdade, que reunisse coragem, inteligência e um coração meigo ou seja, as qualidades dos Quatro Grande fundadores de Hogwarts, Gryffindor, Slytherin, Ravenclaw e Hufflepuff. Deveria manifestar sua magia tardiamente e, rapidamente, evoluir a níveis de bruxos poderosos. No final, deveria ser sacrificada por seu amado. Seu sangue, derramado sobre as páginas do livro, faria com que o mapa se revelasse. O guru estabeleceu essa série de requisitos por achar que jamais apareceria uma jovem que os satisfizesse, mantendo assim em segredo o mapa do livro. Mas agora, nós a encontramos. A senhorita é a Escolhida, Srta. Gentilini _ e Voldemort notou que Amanda estava ficando vermelha de tanto segurar o riso até que, não conseguindo mais, começou a rir gostosamente, sendo acompanhada por todos os seus amigos.

_Por que está rindo, Garota Insolente? Eu disse alguma coisa engraçada ou a senhorita está enlouquecendo diante da sua morte iminente?

_Desculpe, Voldemort, mas qual era mesmo o primeiro requisito da Escolhida?

_Deveria ser uma jovem e bela virgem. Por que?

_Então o teu precioso plano melou logo de cara e tu nunca vais ver a cor azulada da quarta Pedra de Sankhara. _ disse Amanda, agora quase às gargalhadas _ Eu já não satisfaço mais a esse requisito desde os últimos fins de semana, graças ao David. Aliás, foi maravilhoso. Ele é, realmente, o homem da minha vida. _ e todos os jovens agora riam gostosamente, ante o olhar perplexo de Lucius Malfoy e o olhar furioso de Lord Voldemort.

_Mas eu pensei que seu grande amor fosse Diego Blanc? Onde está esse tla David? _ perguntou Voldemort, com a cara viperina distendida pela raiva.

Sem conseguir falar, por estar rindo ao ponto das lágrimas, os garotos apenas o olhavam.

_MALDIÇÃO! DÉCADAS DE PROCURA, ANOS DE ESPERA, MESES DE PREPARAÇÃO E O PLANO VAI POR ÁGUA ABAIXO. TIVE UM PODER QUASE ABSOLUTO AO ALCANCE DE MINHAS MÃOS E ELE ME FUGIU. E POR QUE, LUCIUS? SIMPLESMENTE PORQUE O TARADO DESSE DAVID É ABSOLUTAMENTE INCAPAZ DE MANTER OS HORMÔNIOS SOB CONTROLE! E QUANTO A VOCÊ, SUA PEQUENA MANÍACA SEXUAL, ESPERO QUE TENHA ALGUMA IDÉIA DO QUANTO QUE O FUGAZ INSTANTE DE PRAZER DOS DOIS ME CUSTOU!

Lucius Malfoy sussurrou algo ao ouvido do seu mestre e ele pareceu acalmar-se um pouco, dizendo:

_Mas nem tudo está perdido. O poder do Olho de Shiva me foi tirado, mas ainda poderemos trazer a jovem Lilian para o nosso lado.

_Como assim ?trazer a jovem Lilian para o nosso lado?? Já não deixei bem claro que jamais iria aderir às Trevas?

_Ora, filhinha, você retornará para os seus, sim. E será um general nos exércitos do Mestre.

_E começará por provar sua lealdade, matando seus amigos oferecendo-os como cordeiros de sacrifício. _ disse Voldemort.

_Quando voltar, vou verificar os estoques da adega da Mansão Malfoy, Voldemort. Tenho certeza de que você andou fazendo algumas incursões aos tonéis de uísque de fogo. O que o faz pensar que eu faria algum mal para as pessoas que eu realmente adoro?

_Filha, não é necessário que seja de vontade própria. _ disse Lucius _ Basta que você os mate e, então, talvez não hoje ou amanhã mas um dia, corroído pelo remorso e sem ter para onde ir, virá a nós e será recebida de braços abertos no seio do rebanho.

_ ?Rebanho?. Vocês não passam mesmo de gado desse cretino. Eis a minha resposta para vocês todos, Bruxos das Trevas! _ e fez para os dois o gesto, internacionalmente conhecido, com o punho fechado e o dedo médio em riste.

Pálido de raiva, Lucius Malfoy olhou furiosamente para elae disse:

_Como eu já disse, filha, não precisa ser por sua própria vontade. _ e, apontando a varinha, disse: Imperio!

Imediatamente os olhos de Lily tornaram-se vidrados e ela ficou apenas parada no mesmo lugar. Lucius entregou a varinha de seu filho e ordenou a ele:

_Mate Diego Blanc! MATE A TODOS ESSES GAROTOS!

terça-feira, 27 de novembro de 2007

A CHEGADA DO LORD EM ASKABAN

Em Londres, Lilian Malfoy estava no Big Bang. Dirigiu-se ao telhado onde se sentou. Ao seu lado, havia uma mochila Oakley Icon Backpack que continha no seu interior um livro em sânscrito, o ?Luzes da Trindade?. E ali ela ficou esperando pelo Comensal que iria fazer contato com ela, o qual não se fez demorar. Vestindo um abrigo Nike que quase não dava na enorme barriga, ele chegou e Lilian disse espantada:

_Diego? O que te fizeram? Você está... velho gordo e super sem estilo.

_Do que está falando garota? Sou Nicolas, Nicolas Blanc!

_Não pode ser... você está morto! e mesmo que não estivesse... seria capaz de fazer mal a seu filho pelo crápula do Voldemort?

_Filho? Não me faça rir... aquele garoto jamais será meu filho. E mesmo que eu gostasse ao menos um pouco dele, eu o entregaria ao Lord sim! Seu pai faria o mesmo com você. Agora Vamos. Já está na hora.

Levantaram-se e foram para o estacionamento. No caminho, Lilian teve a certeza de que o plano, até o momento, seguia conforme o previsto. Chegando ao estacionamento, Lily falou:

_Mas você é mesmo abusado, hein, cara?! Com tantos carros na Mansão Malfoy você precisava ter pego logo o meu Audi A3?

_Achei que despertaria menos suspeitas se você utilizasse o seu próprio carro. Mas tive muita dificuldade para dirigi-lo.

_Acontece, cavalgadura, que o meu carro é o único naquela casa que não é enfeitiçado. Ainda bem que o câmbio é Tiptronic, senão você iria acabar com a caixa de mudanças. È melhor que eu dirija, se quiser continuar a ter um carro.

_De acordo. _ disse Nicolas, que não gostava de dirigir veículos não-enfeitiçados _ Você dirige. Pegue o caminho para o litoral.

Lilian não estava acreditando, o pai de Diego estava vivo e trabalhava para Voldemort, apesar das aparências eles eram muito diferentes. Chegaram ao litoral e estacionaram na marina onde o Belle Narcisse estava ancorado. Embarcaram no belo iate de sessenta pés, pertencente à família Malfoy e logo estavam navegando rumo ao seu destino. Lilian ouvia seu MP3, para relaxar, músicas das Esquisitonas. Perguntou a Blanc, fingindo não saber:

_Para onde estamos indo?

_Saberá quando chegarmos. Me dê sua varinha. _ Lilian entregou a varinha a ele _ O que é isso?

_É um MP3. Um aparelho trouxa onde há música armazenada. Ouça. _ e Blanc ouviu as Esquisitonas com qualidade digital.

_Fantástico. Parece que o conjunto está do meu lado. Como é possível?

Tecnologia eletroeletrônica. Pode-se dizer que é ?magia de trouxas?. É uma das coisas com as quais Voldemort... Aaah, larga mão de ser fiasquento, Blanc! Não precisa dar um chilique a cada vez que ouvir o nome do cara! Seu filho é mais corajoso que você... er... bem, com as quais ele quer acabar.

_Você não tem medo dele?

_Claro que não. Ele se aproveita disso para manter o domínio sobre todos os imbecis que concordaram em ser gado dele. Voldemort... controle-se, Blanc, eu já disse. Ele é poderoso, mas não é invencível. Harry Potter já provou isso não uma, mas várias vezes.

_Você nunca viu do que ele é capaz, garota. Prefiro não me arriscar.

_Vá pegar uma cerveja amanteigada lá no bar e pare de me encher o saco, Blanc. Baratas medrosas e apavoradas iguais a você me dão asco. _ recolocou os fones nos ouvidos e continuou ouvindo música até que chegaram a...

_Azkaban! _ exclamou Lilian, fingindo espanto _ Por que estamos aqui?

_O lugar é nosso, Srta Malfoy. Tomamos a prisão de assalto e agora a dominamos. Há Comensais da Morte e dementadores o bastante para causar muitos problemas.

Eles não perceberam que próximo à ilha, mas fora do alcance do Sensor de Atividades Mágicas uma esquadrilha de Aurores, reforçada por membros da Ordem da Fênix, ocultos por Feitiços de Desilusão e montados em velozes vassouras Firebolt aguardava, pacientemente, pelo sinal que lhes diria ser a hora de entrarem em ação.

Lilian foi conduzida até o refeitório, onde encontrou os amigos sentados em cadeiras, com as mãos amarradas atrás das costas e também...

_Didico! _ exclamou ela, correndo até onde o amigo se encontrava amarrado e abraçando-o _ Como você está?

_Seu pai não deixou que me fizessem muito mal, Lily. Ele me disse que Voldemort me quer inteiro. Eu só não sei ainda por que.

Batendo palmas, Lucius Malfoy adentrou o recinto, dizendo:

_Bravo, bravo. Mas, o que temos aqui? O romântico encontro da renegada com seu amado amiguinho. Sou até capaz de derramar lágrimas.

Solte-o, pai. _ disse Lilian, tomado por uma raiva surda. _ Ele e a todos meus amigos!

_Nem pensar, minha filha. O Lorde os quer, o Lorde os terá. O Lorde sempre consegue tudo o que quer, veja só. Dois dos herdeiros, Amanda e Diego... É uma questão de tempo até descobrirmos o herdeiro da Corvinal.

E, entrando por uma porta lateral, viu-se uma figura em elegantes vestes verde-escuras da divisão secreta bruxa da Maison St.Laurent. Era alta, loira, bonita e de porte orgulhoso e nobre.

_Mãe! _ exclamou novamente Lilian _ O que a senhora está fazendo aqui?

_O Mestre decidiu que era hora de eu tomar parte mais ativa nos assuntos da Ordem das Trevas, filhinha. Assim como você logo também tomará.

_Pensei ter deixado bem claro que nunca me aliaria com Voldemort e seu bando de fanáticos, mãe. Em nossas últimas cartas a senhora demonstrou respeitar a minha decisão e até mesmo questionar a sua própria lealdade àquele louco.

_Agora é tarde, querida. Eu pertenço ao Mestre. _ e levantou a manga esquerda das vestes.

Lilian sufocou um grito de horror. No antebraço esquerdo de sua mãe via-se, nítida e asquerosa, a figura de um crânio com uma serpente saindo de sua boca, tal como uma língua.

A Marca Negra.

Narcisa Malfoy tornara-se uma Comensal.

Lucius Malfoy observava divertido a filha, que parecia estar em choque com aquela visão.

_Lilian, filhinha. Era apenas questão de tempo até que Narcisa aderisse a nós. Já você, quanta esperança... e quanta decepção. Mas ainda há tempo para que você reconsidere.

_O senhor ainda não entendeu, meu pai? Jamais seguirei o caminho das Trevas, não importa o que você faça. Se me ameaçar através de meus amigos, mato-me antes que vocês possam fazer qualquer coisa.

_Isso não será necessário. _ e, comprimindo a Marca Negra do seu próprio antebraço, Lucius Malfoy falou através dela, como se fosse um radiotransmissor:

?Das muralhas de Azkaban, que agora dominamos

Nós, seus humildes servos vos invocamos.

Esteja onde estiver, Oeste, Leste, Sul ou Norte

Atendei ao nosso apelo, LORD VOLDEMORT?!!

domingo, 25 de novembro de 2007

CABEÇA-DE-PONTE EM AZKABAN

Lançando-se no vazio, David contou mentalmente: ?1001... 1002... 1003... 1004... VELAME!!? Sentiu o tranco nos ombros e olhou para cima, ficando aliviado ao ver o velame negro do pára-quedas, enfunado, a frear sua queda. Os outros acompanhavam-no, em um suave descenso. Ele dirigiu sua trajetória com os cabos, aterrando suavemente no rochedo, a alguns metros da borda do precipício. Puxou o cordame, recolhendo o pára-quedas e soltando os tirantes. Despiu o macacão de salto e ficou com o traje Ninja que usava por baixo. Retirou o capacete e os óculos, descalçou as botas amortecedoras, substituindo-as pelas botas Ninja Tabi. Arion, ao seu lado, fazia o mesmo. Os outros desceram aos pares nos pontos previamente combinados. Fizeram um pacote com os pára-quedas e as roupas e jogaram-no ao mar pois, daquele lado, não haviam janelas ou seteiras e ninguém veria a sua queda.

_Vamos procurar por uma entrada, Arion. Assim que nos juntarmos aos outros, irei instalar os explosivos e vocês seguirão com o plano, conforme combinado.

_OK, Cabelu. Acho que há uma porta a uns cem metros a oeste. Vamos para lá.

Colocaram os capuzes e dirigiram-se para oeste. No caminho, Arion avisou:

_Dementadores. Dois deles vindo para cá. É melhor reduzirmos o Ki e usarmos a Oclumência para que eles não nos percebam. _ bloquearam a mente e reduziram o Ki enquanto os dementadores passavam pelos dois, sem percebê-los.

Chegaram próximo à porta e viram que ela estava guardada por duas sentinelas. Dois Comensais da Morte.

_McNair, aquele carrasco sanguinário. _ sussurrou Cabelu _ O outro eu não conheço.

_Deixe-os comigo, David. _ e, tirando duas lâminas metálicas de um compartimento no seu cinto, Arion Campbell arremessou-as na direção dos dois. A primeira delas cravou-se no dorso da mão do desconhecido e a segunda foi alojar-se no pescoço de Walden McNair. O efeito do sedativo foi imediato e os Comensais da Morte desabaram no chão, desacordados. Passando por eles, David notou que as lâminas tinham o formato de luas crescentes.

_Luas?

_Gostou? Lâminas Shuriken personalizadas. Luna que me deu... Acho que vou batizá-las de... ?Lunares.? O que você acha?

_Bastante apropriado. _ disse ele, sorrindo _ Vamos amarrá-los e entrar.

_E as varinhas deles, vamos levá-las conosco?

_Não podemos ficar carregando muita coisa. Apenas jogue-as longe. _ disse ele, após amarrar os dois homens.

Em outro ponto da ilha, o restante do grupo já estava pronto para entrar, quando viram que a porta daquele lado era guardada por dementadores.

_Isso complica as coisas, Hannah. Não dá para enfrentar dementadores sem feitiços. Teremos que desbordar, mas como?

_Como é que você está de escalada, Amanda?

_Fala de escalarmos até aquela janela ali? Vamos nessa.

Calçaram as garras Tekagi e começaram a subir pela muralha, com o Ki baixo e a mente bloqueada, até entrarem pela janela. Massagearam os braços e atingiram o corredor, quase dando de cara com Dolohov, que fazia a patrulha. Esconderam-se nas sombras e, quando Dolohov passou, Victor chegou silenciosamente por trás dele e pressionou um nervo no seu pescoço. Foi o suficiente para que o homem perdesse os sentidos, tendo sido arrastado para uma sala vazia, amarrado e amordaçado. Quando saíam, Natalie avisou:

_Atrás de você, Jana! Cuidado!

Tendo sentido a presença do inimigo, Jana abaixou-se juntamente com Sophia, evitando o raio vermelho estuporante. Lançou a corrente de sua Kusarigama, enlaçando as pernas dele e derrubando-o. Um golpe Shuto na nuca foi o bastante para colocá-lo fora de combate. Quando o colocaram junto a Dolohov, imobilizado, Jana comentou:

_Rabastan Lestrange. O irmão do tio de Draco, Rudolph. Vamos, pessoal.

Seguiram pelo corredor, tentando rastrear o Ki de Diego e logo encontraram-se com David e Arion. viram que havia um dementador praticamente do lado deles. Afastaram-se sem fazer ruído e, quando estavam longe, correram na direção da entrada mais próxima, que era guardada por...

_Avery.

_E aquela gárgula do pai do Crabbe.

_OK, Sophia, eles são seus. Silenciamento de sentinelas à distância é a sua especialidade.

_Deixa comigo, Amanda. _ e, apontando a zarabatana, Sophia soprou um dardo blo no pescoço de cada uma das sentinelas que, assim que os dardos os atingiram, arranhando sua pele, caíram ao solo, nocauteados. sophia e Natalie os amarraram e amordaçaram, entrando na fortaleza, em seguida.

_Agora é só encontrarmos o Diego e partirmos para a segunda fase do plano.

_E é disso que tenho medo. Eu acho que a Fase Dois é meio... Kamikaze demais para o meu gosto.

_Mas é exatamente aí que está a nossa chance.

David saiu em direção ao ponto mais alto da ilha, para explodir o sensor e os outros continuaram rastreando o Ki de Diego, tentando encontrar sua localização.

Cerca de uma hora depois, após uma breve escaramuça, os sete eram prisioneiros dos Comensais da Morte.

David já estava aos pés do Sensor de Atividades Mágicas, que lembrava uma torre de radar trouxa, com uma antena giratória. Procurou por feitiços de segurança, jogando pedras contra a estrutura e não detectando nenhum (?Eles estão superconfiantes de tal maneira que sequer colocaram um Feitiço de Imperturbabilidade?). Começou a colocar as cargas de C-4 nos locais que Slughorn havia lhe mostrado na planta do Sensor, à qual tinha acesso por ser Auror. Terminou de instalá-las, espoletando-as e escorvando-as, como aprendera. Mediu o comprimento dos estopins para que a explosão se desse no momento certo. Vendo que ainda sobrara C-4, resolveu fazer uma ou duas coisinhas extras, para aumentar as vantagens dos Ninjas-Bruxos. Então foi cumprir a sua parte na Fase Três do plano.

Os sete jovens Ninjas-Bruxos foram levados ao refeitório com as mãos amarradas atrás das costas e suas varinhas recolhidas por Rudolph Lestrange. Sentaram-se nas cadeiras que lhes foram indicadas e viram, amarrada a duas colunas no centro do refeitório.

_Como você está, Di? _ perguntou Sophia.

_Tirando a posição, que é meio desconfortável, estou bem. Bellatrix Lestrange tentou me agredir, mas Lucius Malfoy não permitiu... e ainda tive o gostinho de pregar um joelhaço nela. _ e deu um pequeno sorriso.

Naquele momento Lucius Malfoy adentrou a sala.

_Então aí está o patético grupo de resgate do Sr. Blanc. Por acaso os pirralhos intrometidos poderiam me dizer como foi que conseguiram chegar à ilha-prisão de Azkaban sem serem detectados pelo Sensor de Atividades Mágicas e sem acionarem os alarmes?

Os inseparáveis se entreolharam e Hannah disse, com um sorriso irônico nos lábios:

_Acho que não fará mal nenhum em dizermos ao Sr. Malfoy. Fomos lançados de pára-quedas, saltando de um C-130 Hércules da ?O'Connor Import & Export?.

Lucius ficou ainda mais pálido do que o normal, devido à raiva e disse, olhando fixo para Hannah:

_Pára-quedas. Bastante engenhoso e criativo, utilizar um método trouxa para chegarem à ilha. Realmente, uma idéia digna de uma fedelha, Srta. Eduard.

_Na verdade, Sr. Malfoy, a idéia foi inteiramente da Lily. _ e o sorriso de Hannah transformou-se em uma risada, que foi acompanhada pelos outros.

Passando da palidez ao rubor em um instante, Lucius Malfoy disse:

_A culpa é de vocês, principalmente do Sr Blanc e sua namoradinha. Por causa de vocês minha filha, a esperança do Mestre para uma nova geração de Comensais da Morte, se ?trouxizou?. Vocês a corromperam. Ela está boazinha como um Malfoy jamais foi. _ e retirou-se, espumando de fúria.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Enquanto eu viver,darei testemunho do amor e da amizade!

- O QUE?!-Amanda havia sido acordada no meio da noite por Cabelu,que a sacudia no sofá freneticamente.A lufa-lufana adormecer na véspera sobre uma pilha de livros e levou um tempo para ela entender o que estava acontecendo.

-Amanda,você corre perigo!Venha!-Cabelu puxa a namorada pelo braço.

-Cabelu?!Espere...

-Não posso,Amanda,desculpe,preciso te levar ao professor Dumbledore!-diz Cabelu,conduzindo a garota pelos corredores.Amanda balança a cabeça e segue com o namorado até a sala de Dumbledore.Lá,encontra-se com os Inseparáveis,Hermione,Harry e Rony...

-Alguém pode me explicar...O que está acontecendo?!-pergunta Amanda,séria.

-Diego foi raptado.Parece que Voldemort está começando a agir com os planos que tem para os Herdeiros e você,Amanda,certamente é o mais novo alvo dele,já que o Herdeiro da Corvinal ainda é oculto mesmo para nós.-explica Dumbledore.-Uma coruja foi enviada para seus pais e toda a sua família,eles estão alertas e...você deve voltar para sua casa imediatamente.

-O senhor está BRINCANDO!-grita Amanda,aproximando-se de Dumbledore ameaçadoramente.

-Não,senhorita Gentilini,não estou.Precisamos salvar Diego,mas se você for pega,não teremos como escolher a quem salvar primeiro,é impossível...

-Então o que tenho que fazer é encontrar Diego...-diz Amanda,dando as costas para Dumbledore e ameaçando sair da sala,mas o diretor tranca a porta apenas com um movimento dos lábios:um feitço não-verbal!

-Amanda,não seja boba...Você não acredita mesmo que para Voldemort é mais difícil matar você do que uma equipe de aurores e bruxos mais poderosos do mundo...-diz Cabelu,segurando a namorada e fazendo-a virar para ele.

-Vocês não entendem!Enquanto estamos aqui conversando,Diego pode esatr sendo torturado!

-Mas também não podemos atacar às cegas!-diz Hermione,aproximando-se de Amanda.

-Sim,mas...mas...-Amanda baixa os olhos.

-Acho que deveria ouvir Dumbledore,Amanda...vai para sua casa...-diz Naty,fitando a amiga,apreensiva.Amanda ergue os olhos e vai até o centro da sala,fitando cada um dos presentes...

-Não.Vou ficar e lutar.-e,virando-se rapidamente,saca a varinha e destranca a porta,saindo da sala de Dumbledore.

-Ela não vai a lugar nenhum...Amanda pode ser impulsiva,mas não é insensata...-diz Cabelu,confiante.

-Mas quando ela está assim...-murmura Naty,e ela e Sophi trocam um olhar aterrorizado,lembrando-se do que ocorrera no jardim há meses atrás...Amanda havia sido torturada e...

-Vamos!-Naty,Sophi e Cabelu correm atrás da garota.

-Cabelu,você conhece sua namorada...onde ela...pode ter ido?-pergunta Naty,ofegante.

-Fora do castelo...ela não ficaria aqui dentro esperando...algo...-Cabelu interrompe a frase e arregala os olhos.Um grito acabara de ser ouvido e vinha do Saguão principal!Os três correram até lá.De fato,a lufa-lufana estava lá,e diante dela...Bellatrix...

-Não posso negar a ela um duelo,quanto a vítima vem com tanta boa vontade ao meu encontro!-di Bellatrix,apontando a varinha para Amanda,mas desviando no último instante,e cria uma barreira,impedindo Cabelu,Sophi e Naty de se aproximarem.

-AMANDA!-grita Cabelu,espancando o ar,furioso.Uma barreira invísivel erguera-se diante dele.Amanda vira-se para Cabelu,mas logo sua atenção volta para Bellatrix.

-Não terminamos nossa conversa no jardim,Bellatrix...-diz,apontando a varinha para ela.

-Conversa?!CONVERSA!-Bellatrix ri.-Você nem ao menos conseguiu revidar meus feitiços!Sua idiota!-Bellatrix avança para Amanda,mas a garota se desvia com uma agilidade impressionante,vinda dos treinamentos de Vôo Artístico e de artes marciais que havia fazendo junto com os Inseparáveis.

-Protego!-grita,e o feitiço de Bellatrix é rebatido pelo feitiço escudo.Em minutos,o duelo entre as duas estava tão avançado que mal podia-se ouvir suas vozes,apenas via-se luzes vermelhas,verdes e multicoloridas saltando das varinhas...Naquele momento,Dumbledore e os outros chegam ao local e Dumbledore começa a tentar dissolver a barreira...Bellatrix desarma Amanda e arremessa a garota contra uma pilastra.Amanda caí,ofegante,o rosto e braço sangrando,as vestes rasgadas...

-Veja que coincidência mórbida!Você está estirada em frente ao símbolo da sua nojenta Casa!-diz Bellatrix,aproximando-se,a varinha apontando para o peito de Amanda,que erguera os olhos.Era verdade,havia o símbolo da Lufa-Lufa gravado na pilastra...

-AMANDA!-Naty,Cabelu e Sophi gritam,desesperados.Bellatrix e Amanda se encaram.

-Essa garota...não demonstra medo de morrer?!Porque?!-pensa Bellatrix,fitando o rosto determinado de Amanda...

-Tenho plena certeza de que minha família...e meus amigos...irão me ajudar.-diz Amanda,sorrindo.

-Ora,sua...vou apagar esse sorrisinho tranquilo do seu rosto!-Bellatrix usa um feitiço e arremessa Amanda contra a barreira...Os amigos se ajoelham,tentando tocá-la,mas não conseguem...

-Fujam...-diz Amanda,olhando para eles,enquanto Bellatrix sobe devagar as escadas,apreciando o desespero deles.

-Você devia ter ouvido Dumbledore!-diz Naty,entre lágrimas.

-Ia acontecer,mais cedo ou mais tarde...apenas queria que fosse do meu jeito...-murmura Amanda.-Desculpem...só queria poupá-los da dor...-Amanda toca a barreira,os olhos brilhando.Cabelu faz o mesmo movimento,e as mãos dos dois se juntam,como se estivessem separadas por um vidro...

-Antes de morrer,me diga,Gentilini...Me diga porque não tenta fugir?-pergunta Bellatrix,encostando a varinha nas costas dela.

-Todos me falaram para fugir...mas não posso...preciso ficar e protegê-los!-Amanda vira-se,encarando Bellatrix.O anel Olho de Gato começa a brilhar em seu dedo,o símbolo da Lufa-Lufa aparece na pequena opala de fogo do anel...

-O anel...-murmura Naty,e Dumbledore acena com a cabeça.

-Enquanto eu viver,darei testemunho do amor e da amizade!-Amanda sente uma energia revigorante percorrer seu corpo...Seus ferimentos são curados...Ela se levanta.Bellatrix recua.praguejando.

-Serei testemunha no silêncio quando as palavras não bastarem!-Amanda estica a mão na qual possuí o anel para trás,e segura a mão de Cabelu...A barreira havia sido dissolvida!

-Meus amigos...minha família...Hogwarts é o meu segundo lar,e´VOCÊ NÃO É BEM VINDA!-grita,apontando o anel para Bellatrix.Um jato de luz dispara em direção à Bellatrix,que desaparece segundos antes de ser atingida!Amanda,então,ouve a voz de Diego...não sabia como,apenas ouvia...E a imagem de Diego apareceu diante dela e de todos os outros,emanada pelo anel...

-Amanda,você está bem...Por favor,tenham cuidado...-ele parecia muito ferido.-...começou...Voldemort...-mas o contato é interrompido,pois Amanda caí,enfraquecida e o anel volta ao normal...

-Estou bem...só preciso...-Amanda fecha os olhos por alguns segundos e quando os abre,levanta-se novamente,ajudado por Cabelu.

-O anel de Huflepuff revelou mais poderes...regeneração,quebra de barreiras e...comunicação...Amanda,vamos...Para a minha sala,vamos decidir como agir daqui para frente.E por favor,não se sacrifique por mim,você precisa viver...superar tudo isso...todos vocês,ouviram?!-o diretor dirige-se à todos os presentes.O grupo retorna para a sala do diretor,para iniciar um plano para salvar Diego Blanc.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

EMISSÕES MÁGICAS

Com a aproximação de Dezembro, a atmosfera em Hogwarts pareceu revestir-se de uma energia diferente. Todos estavam animados e, por que não dizer, excitados com o Natal que se aproximava, além do aniversário do Didico, ops! do Diego. O restante daqueles dias corria sem muitas preocupações e Diego agradecia, devido ao fato de não precisar ter um grupo a tentar proteger sua integridade física, já que saíra do quadribol. Assim ele e Sofi tinham mais tranqüilidade para ficarem juntos nas horas vagas das aulas. Como as reuniões dos Obiviadores estavam mais excassas, tinham bastante tempo para isso, embora os alunos do sexto ano ainda tivessem pela frente os testes de aparatação. Passavam bastante tempo na Sala Precisa, recriando e assistindo a vários filmes, pois Sofi estava adoravando o cinema trouxa, principalmente musicais. Após assistirem ?A Lenda dos Beijos Perdidos?, ela comentou:

_Incrível o que é a força de um amor verdadeiro. Ele conseguiu fazer com que a aldeia de Brigadoon reaparecesse, mesmo antes que se passassem os cem anos.

_O Prof. Dumbledore disse que o amor é a mais poderosa força que existe. Inclusive, no final do último período, ele revelou que há uma sala no Departamento de Mistérios onde cientistas bruxos do Ministério estudam e tentam compreender o poder do amor. As vezes acho que Dumbledore é Gay

_Diego!!! Ele só é sensível e sabe que o amor embora aparentemente seja simples, não deve ser fácil. Quando tentamos explicar como e porque amamos, não há palavras que possam descrever inteiramente. É muito menos complicado sentir do que definir.

_Tem razão, Sofi. Qual a razão para que as mais potentes emissões mágicas involuntárias ocorram durante momentos de amor? Uma vez Tio Clarck me disse que, quando estava com sua namorada Sirena, que foi mais importante do que outras, fizeram um roseiral inteiro florir durante um beijo.

_Sabe, Didico, acredito que o amor será a chave para a derrota definitiva de Voldemort. É um sentimento que ele não compreende, então não pode vencê-lo.

_Também acho, mas e se ele, um dia, chegar a compreender? Não iria tornar-se mais poderoso e ambicioso?

_Prefiro acreditar que, se Voldemort chegar a compreender e sentir amor uma vez na vida que seja, ele poderia chegar à conclusão de como é sem sentido essa busca insana de poder e como é idiota o preconceito contra bruxos que não sejam de sangue puro.

_Ouvindo você falar assim até dá para pensar que você não quer confrontá-lo.

_Na verdade eu quero enfrentá-lo cara a cara, mas não por que é o que todos temem e sim por justiça. Resolver logo essa situação e obter paz. Di você acha que pode morrer em um conflito contra ele? _ perguntou Sofi, apavorada.

_A possibilidade sempre existe, mas pretendo sobreviver. Principalmente porque tenho motivos mais do que suficientes para querer viver. Tenho uma vida inteira pela frente, tenho amigos e, principalmente, tenho você. Ainda não é um pedido formal mas... Sophia Fleurs, você se casaria comigo depois que eu atingisse a maioridade?

_Ainda tem dúvidas, Blanc? Quando?

_Depois que eu me formar em Hogwarts ou depois do cursarmos a Universidade de Magia, quando preferir.

_Pretende mesmo ser Professor, Di?

_Sim. Os Chudley Cannons chegaram a me fazer uma proposta mas, por mais que eu goste de Quadribol, não consigo me ver jogando profissionalmente. Acho que tenho mais perfil para lecionar.

_O curso é bem difícil e a carreira bastante tediosa.

_Quanto à tediosidade, isso fica por sua conta, por mais dificel que seja, acho História da Magia muito mais interessante que qualquer outra matéria em Hogwarts.

_Você quase chega a fazer isso soar engraçado. _ disse Sofi.

_Melhor encarar com bom humor do que esconder meu gosto. Não se preocupe, Sofi. Vem cá vem me dá um abraço que eu tô carente. _ e, abraçando a namorada beijou-a, apaixonadamente.

Naquele exato instante, a rolha de uma garrafa de cerveja amanteigada que estava em uma mesinha próxima voou do gargalo, indo bater no teto da sala. Sofi comentou:

_E olha que essa emissão nem foi das mais fortes. Desse jeito, quando nos casarmos, a lua-de-mel terá de ser em uma ilha ou no meio de um deserto.

_Ainda assim algum sismógrafo vai registrar um tremor de dez pontos na Escala Richter. _ disse Diego _ É melhor não nos excitarmos demais ou o Prof. Dumbledore vai querer saber por que as paredes de Hogwarts começaram a vibrar.

Riram como crianças e Sofi perguntou:

_Qual vamos ver agora?

_Este aqui é bem legal: ?Robin Hood de Chicago?, com um elenco daqueles: Frank Sinatra, Dean Martin, Bing Crosby e Sammy Davis Jr. _ Diego colocou o DVD no aparelho e começaram a assistir a mais um filme.

Arion e Lily estavam às margens do lago de Hogwarts. De repente, um tentáculo acenou para eles, do meio de lago. Lily acenou de volta e Arion perguntou:

_O que foi aquilo?

_Ah, aquilo? Foi a lula gigante. Você não a conhecia?

_Já tinha ouvido falar, mas jamais a havia visto. Esse lago é cheio de coisas.

_Realmente. Há Grindylows, uma aldeia de sereianos que Harry visitou no quarto ano, durante o Torneio Tribruxo e muito mais. Acho que nem mesmo Hagrid sabe tudo o que há nesse lago. Mudando de assunto, Arion, aquele beijo no baile...

_Foi um impulso Lily, juro! Só momento er... nada a ver. Não fica com raiva não eu... Na verdade eu quis, mas é que... vai, pode mandar, mereço um tablefe daqueles.

_Não seu bobo, não vou te bater.

_Jura! Obrigado Merlinzinho. _ os dois riram

_Você falou igual a Sofi agora. Na verdade, queria te dizer que... Que foi bastante... eu... sério eu acho que...

Arion pegou na mão d garota, tinha entendido tudo, só não podia acreditar. seu coração baeu mais forte, ele se aproximou e a beijou. Foi como se o mndo parasse praqueles dois, fogos de artifício estouravam em suas cabeças, um canto doce parecia vir de algum lugar por ali.

_Arion, o que você pretende com isso? Me fazer apaixonar por você?

_É o que eu mais quero. Depois que você começou a fazer parte da minha vida, tudo mudou para melhor. Consegui me encontrar, decidir que rumo dar à minha vida, obviamente que com você do meu lado. Se você não tivesse surgido, talvez eu tivesse, por mais que me fosse repugnante, aderido às Trevas, mesmo contra a minha vontade.

_Você está falando sério?

_Mais do que você imagina, Lily. Não tenha dúvidas disso.

Lágrimas rolaram no rosto da garota, Arion pensou ter feito algo errado, não entendia aquelas lágrimas.

_O que foi? Fiz algo errado Lily? Olha não precisa chorar, se não quer eu entenderei.

_Não Arion, você não fez nada errado, essas lágrimas são de felicidade.

_O quê?

_Eu também te amo seu bobo, só você ainda não tinha percebido. É claro que eu quero ficar com você.

Os dois se beijaram mais uma vez e puderam perceber que a música não era imaginação, na beira do lago sereianas cantavam alegremente para os dois.

_Sabe Lily me apaixonei desde a primeira vez em que a vi, diversas vezes me transformei no Blazio, só para te espiar de perto.

_E você sabe qual foi o meu primeiro pensamento consciente depois que me recuperei do raio de olhos azuis que me atingiu?

_???

_ ?Se os anjos existem, um deles acabou de descer à Terra.? Você realmente é um anjo em minha vida. Só aconteceram verdadeiros milagres para mim depois que nos tornamos amigos. Quem imaginaria que eu Lilian Malfoy conseguiria fazer amigos?

_???

_Falando nisso, golpe demestre o disfarce. Blásio, eu nunca descobriria. Foi uma atitude bem radical, realmente. Você passou todos esses anos me amando em silêncio e, na noite do baile, resolveu agir daquela maneira. Sabe, Arion, eu adorei saber o quanto você me ama e se importa comigo. Eu estava resolvida a fazer a mesma coisa, naquela mesma noite, se você não tivesse feito primeiro. Inclusive eu já tinha três gotas de Veritaserum guardadas. Eu as havia pedido a Tonks no ano passado, depois que nos despedimos na estação de King?s Cross. Eu também te amei desde o início, Arion. A sinceridade e pureza do seu olhar quando nos conhecemos, seu jeito espontâneo e seu bom coração, seu desprendimento e coragem, sua lealdade aos amigos, tudo isso me conquistou já no primeiro instante e foi ficando mais forte com o passar do tempo. Eu só não compreendia por que você não se manifestava.

_Eu tinha medo de não estar à sua altura e ser rejeitado pela infalível e inatingível Lilian Malfoy.

_Que bobagem, Garoto. Eu não sou infalível e inatingivel. Outros têm um desempenho igual ao meu. Criaram uma mística em torno de mim que acabou funcionando como uma barreira. Quando você a rompeu, eu me senti capaz de levitar. Não sou inatingível, Arion e nem quero ser. Tenho sentimentos e desejos como qualquer pessoa. Essa imagem que criaram a meu respeito não corresponde à realidade, como você pôde comprovar quando me beijou no baile e eu correspondi.

_Lily, eu te amo, e não quero decepcioná-la, jamais.

_Continue sendo exatamente como você é, Campbell, que eu jamais me sentirei decepcionada. Também te amo demais. E beijaram-se, tão ardentemente como se fosse o primeiro beijo que trocaram.

_Sabe Lily é bom relaxar ao seu lado, sem exames e sem nenhum perigo por perto.

_Quanto ao perigo eu concordo. Mas nós, do sexto ano, ainda temos mais um exame, o de aparatação. Ele é realizado no Ministério da Magia, em Londres.

_Estraga-prazeres. Então terá de ir a Londres?

_Sim, pois não é possível aparatar em Hogwarts, devido às defesas mágicas. Além do mais, tem gente que faz tamanhas burradas na aparatação que é preciso a presença de supervisores do Ministério. Minha mãe me contou que Sibila Trelawney conseguiu, nos exames, desaparatar apenas metade do corpo. Deu um trabalhão aos supervisores. Ela só conseguiu na terceira ou quarta vez.

E Permaneceram ali por toda a tarde, conversando e desfrutando da tranqüilidade daquele dia, abraçados e enamorados.

Na Sala Comunal da Sonserina, Natalie havia terminado de revisar o relatório mensal da Monitoria, que Draco e ela haviam feito. Assinou e levou o pergaminho para Draco, que estava em uma poltrona, lendo um livro: ?Para Além do Bem e do Mal?. Ele também assinou. Ela viu o que ele lia:

_Nietzche? Filosofia trouxa?

_Comecei a ler no ano passado, por sugestão de Lilian. Já li ?Assim Falou Zaratustra?, ?Ecce Homo? e ?Humano, Demasiado Humano?.

_E o que você achou? Nietzche Diego me disse que ele foi considerado louco por seus contemporâneos.

_Na verdade, Addams, ele estava à frente do seu tempo. Embora depois a insanidade se manifestasse e, como se não bastasse, ele ainda tivesse aquela enxaqueca crônica. Ler Nietzche me ajudou a adquirir autoconfiança.

_Autoconfiaça, você?! Tá bom.

Nos jardins, Amanda e Cabelu também trocavam confidências enquanto ela pintava uma paisagem em uma tela, com pincel e tinta.

_Você pinta muito bem, Mandy.

_Obrigada, Cabelu. Aprendi quando criança e sempre gostei de paisagens. Já o meu pai gostava de cavalos e minha mãe preferia retratos. Pintou muitos bruxos famosos, inclusive Dumbledore. David, quero te confessar uma coisa sabe, eu gosto de você desde que eu estava no segundo ano. Fiquei muito feliz de termos nos acertado ano passado, depois de tanto tempo.

_Eu também te amo faz tempo, Mandy, desde quando eu estava no quarto ano. Só que eu sempre fui tímido e tão pouco autoconfiante que tinha medo de me aproximar de você e ser rejeitado. Mal sabia que você era o remédio para a minha timidez, embora ler Nietzche tenha ajudado muito. Mandy, eu não quero saber de mais ninguém a não ser de você, Srta. Gentilini. Para o resto da minha vida.

_Nunca na minha vida eu tinha recebido uma declaração de amor assim, Sr. Vespertet. Só mesmo alguém muito especial para dizer coisas tão lindas e profundas. _ e abraçou o namorado beijando-o com paixão. Sem que ambos percebessem, um chafariz que não funcionava havia uns dez anos de repente começou a jorrar, não água cristalina e transparente, mas um jato vertical multicolorido nas sete cores do espectro luminoso. Quando ficasse sabendo, Dumbledore agradeceria por aquela emissão mágica involuntária.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Decisões inesperadas

O Baile ainda estava longe de acabar quando Amanda e Cabelu saíram do salão, os outros continuaram aproveitando a noite, algum tempo depois Naty e Victor decidiram ir para o jardim a bebida já subia à cabeça, abrindo caminho para a ressaca, se sentaram na grama úmida, estava frio, mas eles nem se importavam...
Naty: - ai! Cansei! Nunca dancei tanto na vida! ? disse isso tirando os sapatos
Victor: - uau! Garota como consegue usar esse salto! Não te machuca?
Naty: - me massacra! Poque? ? risos ? ah! É o que eu sempre digo, nós garotas, fazemos tudo o que os meninos fazem, só que nós fazemos tudo de salto alto!
Victor: - é por isso que eu te amo sabia? ? e a olhou firme, e se inclinou para beijá-la
Naty: - temos que conversar! ? impedindo-o
Victor: - agora?
Naty: - é, agente não pode sair fazendo o que der na cabeça!
Victor: - tah! Eu quero voltar! Quero dizer parar de dar um tempo, ah você entendeu!
Naty: - eu também!
Victor: - decidido! Sobre o que temos que conversar? ? se inclinando novamente.
Naty: - ei, vai com calma colega! ? pondo a mão na boca do garoto ? as condições são as seguintes, primeiro sem ataque de pelanca, nem cena de ciúme!
Victor: - tah!
Naty: - segundo, sem brigas com meus amigos, e sem forçar a barra!
Victor: - forçar o que?
Naty: - você sabe do que eu estou falando! Vai acontecer quando tiver que acontecer!
Victor: - o Cabelu é que tem sorte! Mas fechado! Eu só tenho uma condição!
Naty: - qual?
Victor: - vamos fazer isso durar para sempre!
Naty: - combinado! ? eles se beijaram e caíram na grama, com as cabeças latejando, Naty fechou os olhos e teve uma pequena visão, abriu-os novamente e viu o namorado.
Victor: - não dorme não!
Naty: - eu não dormi, eu tiv... minha cabeça ta doendo!
Victor: - putz tah frio aqui fora! É melhor agente entrar se não quisermos pegar uma gripe! ? eles entraram, e ainda tiveram forças pra voltar a dançar, embalados por mais uma dose de uísque.

No dia seguinte Naty acordou toda amassada apenas com as roupas íntimas, tocou o rosto e constatou que nem havia retirado a maquiagem, olhou em volta estava na torre da grifinória, na cama ao lado viu as amigas Lily e Sofi apagadas, nem se assustou às vezes ela dormia lá com as amigas como sempre sabia a senha, que as amigas de propósito contavam para facilitar a entrada da amiga, tudo estava silencioso, exceto pelos eventuais roncos de Lily, de repente a porta do quarto se abriu e uma feliz Amanda entrou gritando.
Mandy: BOM DIA!!!! ? pulando na cama onde estava Naty ? acordem! Tenho uma suuuper notícia pra vocês!
Naty: - shhhhh! ? com o dedo na boca da amiga.
Mandy: - uma suuuper notícia!
Lily: - suuuper notícias só após as dez da manhã! ? enfiando a cabeça debaixo do travesseiro.
Mandy: - já são dez e meia então! ? retirou o travesseiro de lily e as cobertas também, Sofi acordou se levantando num impulso, mas caiu na cama denovo se encolhendo toda, ela e Lily se encubucaram na cama de Naty. ? ah já chega gente! ? foi a te a janela e abriu as cortinas, uma raio forte de luz entrou e iluminou fortemente o quarto, a enxaqueca provocada pela ressaca se tornou evidente.
Naty: - ei se lembram de quando eu tinha córneas?
Sofi: - ah! Desisto vamos nos levantar vai!

Elas se vestiram Naty conjurou da janela as suas roupas, e em alguns minutos entavam prontas para o almoço já que não havia mais tempo para o café da manhã. Mandy contou tudo sobre a última noite a elas enquanto elas se vestiam.
Mandy: - ai gente eu to tão feliz!
Sofi: - dá pra notar! Fico feliz pó vocês!
Naty: - é o que esse garoto te deu você ta num pique!
Lily: - não querida, você é que ta numa ressaca braba!
Naty: - e você e o Arion ontem hein?
Lily : - sem comentários por enquanto!

Elas desceram e após o almoço foram com os garotos aproveitar o dia livre em Hogsmeade, os casais andavam pela rua principal do povoado conversando e rindo muito.

Naty: - ah eu esqueci de contar pra vocês que eu saí do time de Vôo Artístico!
Mandy: - porque?
Naty: - ah Mandy, eu sei o tanto que você gosta daquilo, e o quanto se esforça, mão quero competir com você quero que você vença!
Mandy: - ah Naty isso é bem legal da sua parte mas não é certo!
Naty: já me decidi! ? elas se abraçaram e os outros abraçaram por cima formando um bolo de gente que atrapalhou os transeuntes, eles se soltaram e entraram no três vassouras, Diego puxou Natalie para longe dos outros.
Di: - parabéns Miss Simpatia, não sei como foi parar na Soncerina!
Naty: - que é? não posso ser legal com os meus amigos!? ? Diego olhou bem pra ela que confessou ? ta bem! Eu tive uma visão, em que eu caía da vassoura e me quebrava toda satisfeito?
Di: - muito! ? eles sorriram um para o outro, e entraram abraçados no bar atrás dos outros, não havia ninguém no mundo que conhecesse melhor a Naty do que o Di, e talvez ninguém que compreendesse o Di melhor que a garota.


por Amanda Gentilini * 3:25 PM
Comments: 0

O Baile de Inverno - Final

O baile prosseguia, animado. Certa hora, Snape aproximou-se de Dumbledore, dizendo:

_Diretor, acho mais seguro acompanhar Madame Rosmerta até sua casa. Já estamos nos retirando.

Com um sorriso e uma quase imperceptível piscadela, Dumbledore respondeu:

_Ótimo, Severo. Não tenha pressa para voltar.

Snape e Madame Rosmerta retiraram-se do Salão Principal, rumo a Hogsmeade, enquanto Victor comentava com Arion e Diego:

_Aquele lá só volta amanhã. É muito bom vê-lo contente. Além de fazer bem a ele, isso reflete nos alunos.

_Falando em só voltar amanhã... _ Arion indicou disfarçadamente uma porta lateral por onde saíam Amanda e Cabelu

_Para onde acha que eles vão? Torre de Astronomia? _ perguntou Victor.

_Não, não faz o estilo daqueles dois. David e Mandy são bastante criativos e vão, com certeza, pensar em um local mais romântico do que aquele sofá.

_Com inveja, minha vassourinha despenteada? _ perguntou Sofi, em um sussurro no seu ouvido, sua voz suave e seu hálito morno provocando um arrepio de prazer em Diego.

_Só um pouquinho, minha pequena leoa. Tenho consciência de que devemos esperar nosso momento. Com certeza ele chegará e, quando for a hora, ambos saberemos. Só posso afirmar que, com certeza, minha primeira vez será especial e inesquecível, porque será com você.

_E é isso que tornará inigualável a minha. _ disse Sofi _ Ela será com você, Diego Blanc, o garoto que amo. _ e continuaram a dançar, felizes e enamorados.

Amanda e Victor pararam em frente à Sala Precisa. O ambiente a ser recriado desta vez ficaria por conta de Amanda, que concentrou-se e aguardou que a maçaneta de latão da porta se materializasse. Ela abriu a porta e eles entraram. O interior reproduzia uma sala iluminada por velas, com decoração indiana, tendo no centro um tapete e vários almofadões bastante fofos, sob um dossel de seda e uma pequena piscina aquecida a um dos cantos e também vários frascos com óleos perfumados diversos. Uma bandeja com frutas tropicais, água fresca e um vinho suave estava colocada próximo ao tapete. O aroma de incensos preenchia o ar, predominando o almíscar, o lótus, o jasmim e o ylang-ylang. Tudo isso tendo o fundo musical de Kitaro, vindo de um aparelho de som, devidamente enfeitiçado, a um dos cantos da sala. David olhou para Amanda e disse:

_Acho que a senhorita está mal-intencionada, Srta. Gentilini.

_Pelo contrário, Sr. David, posso lhe assegurar que minhas intenções são as melhores possíveis. _ disse ela, enlaçando o namorado em seus braços e beijando-o.

_Eu te amo, Amanda.

_Então mostre.

_Não precisa me pedir duas vezes. _ e David fechou a porta da sala, trancando-a em seguida.

sábado, 17 de novembro de 2007

O Baile de Inverno - parte 1

O mês de novembro avançava, sem muitas novidades. Arion estava preparando-se para os N.I.E.Ms, acompanhado de Natalie que, embora cursasse o sexto ano, queria ajudar o amigo. Não estava tendo dificuldade com as matérias, tanto na teoria quanto na prática, sendo quase tão boa quanto Hermione e sendo também um valioso apoio para Arion, quando este via-se em algum aperto. Naquela manhã, os inseparáveis conversavam sobre o Baile de Inverno que estava próximo.

_O que eu devo Vestir ein? _Perguntou Sophia.

_Um Vestido dã! _ disse Naty entre risos.

_Eu sei, mas qual cor, estou indecisa. _ Insistiu.

_Não precisa escolher muito, você fica linda em qualquer roupa. _ setenciou Diego.

_Ai, ai, ai... _ debochou Hannah

_Bom, vou decidir isto depois.

_Perfeito! - Disseram em coro os garotos.

_Maravilha _ disse Lily.

Os preparativos para o Baile de Inverno estavam quase finalizados. A música seria, desta vez, por conta de uma banda experimental, formada pelos integrantes das Esquisitonas e do Vassouras Douradas, que estavam preparando um disco conjunto de ambas as bandas, a ser gravado ao vivo, durante o baile. Todos estavam dando um trato nas vestes a rigor, querendo se apresentar da melhor maneira possível, inclusive Natalie, Amanda, Lily e Sophia, mesmo que naquela semana as quatro estivessem estranhamente intratáveis e mal-humoradas, com pequenas nuvens negras sobre as cabeças, as quais soltavam relâmpagos de forma intermitente.

Os rapazes perceberam aquilo e acharam melhor deixar as garotas em paz, o que elas agradeceram.

_Então tudo bem. _ disse Diego _ Assim poderemos nos concentrar em nossa surpresa para o Baile.

_Surpresa? O que vocês vão aprontar? _ perguntou Sophia.

_Se nós dissermos... _ disse Arion.

_Deixará de ser surpresa... _ continuou Cabelu.

_Esperem e verão... _ disse Victor.

_Garantimos que não vão se arrepender. _ concluiu Diego. Os quatro saíram, deixando as garotas mordidas de curiosidade, ainda com as nuvenzinhas sobre as cabeças.

A caminho da Sala Precisa, Arion perguntou:

_E qual era a daquelas nuvens?

_O que você acha, Arion Comentou Diego _ Sempre convivi com duas mulheres em casa. Aquilo é o que acontece nos dias que antecedem ?aqueles dias?.

_Quer dizer...

_T... _ disse Cabelu.

_P... _ continuou Diego.

_M. _ concluiu Arion.

_Caracas! Mas as quatro ao mesmo tempo?

Diego tentou concluir:

_Acho que se um grupo de garotas convive junto durante um tempo prolongado, seus ciclos tendem a se harmonizar.

_Então quando descer...

_Teremos nossas namoradas e amigas de volta ao seu estado normal.

_Só espero que seja antes do Baile.

_Minha tia ficava mais ou menos do mesmo jeito delas e o meu tio vivia reclamando que bruxas não deveriam ter TPM, que era coisa de trouxas e eu expliquei que era outro daqueles desafios à medicina, tanto trouxa quanto bruxa e que não importava se bruxa ou trouxa, bastava ser mulher. Aí ele dizia que TPM significava outra coisa, além de Tensão Pré-Menstrual. _ comentou Diego

_O que? _ perguntou Victor, os dois haviam começado a conversar por estes dias.

_Tormentos Para Maridos. _ entre risos, os quatro chegaram à porta da Sala Precisa, concentraram-se no que queriam e entraram.

Na noite do Baile de Inverno, os estudantes já estavam em preparativos. Hermione tinha resolvido ajudar as garotas da Grifinória a arrumar seus cabelos mostrando lhes como usar a Poção Capilar Alisante, a fim de compor o penteado que desejavam. Arion não teve tanta dificuldade, precisando apenas de uma certa quantidade de gel de cabelo, ficando o retrato vivo de seu pai. Envergou as vestes a rigor verde-garrafa. Cabelu vestia um azul-petróleo. As vestes de Victor eram ameixa-escuro e muito elegantes e Diego, vestia preto com gola alta, o que lhe caía muito bem.

As garotas, já há alguns dias sem as nuvens de tempestade sobre as cabeças (a TPM já havia passado, pelas razões pertinentes), desceram as escadas do Saguão e, ao vê-las, os quatro rapazes ficaram sem fôlego. Elas estavam simplesmente deslumbrantes, usando uma maquiagem bem suave. Sophia usava um conjunto em verde-claro, que destacava seus cabelos loiros. Usava sua pulseira e tinha no pescoço a corrente de ouro que Diego lhe dera no Natal. Lily vestia cinza-azulado, em uma tonalidade semelhante à dos seus olhos e seus cabelos loiros, agora bastante limpos e bem cortados,prendiam-se em uma trança no alto da cabeça. As vestes de Amanda eram azul-celeste, e ela trazia os cabelos em um coque preso com uma pequena rede de ouro e usava brincos antigos, que haviam pertencido à sua avó. Mas Natalie...

Trajava um conjunto de vestes a rigor lilás, complementadas por pequenos brincos, anéis e pulseiras discretos, tudo em ouro amarelo e branco, assim como a fita que dava forma ao seu penteado. Completava o conjunto uma bela e estreita tiara cravejada de pequenos brilhantes. Uma verdadeira princesa. Diego lembrou-se do que pensara da primeira vez em que havia visto Sophia e pensou: ?Desta vez não só um, mas quatro anjos desceram à Terra?. Os rapazes ofereceram o braço às suas damas e adentraram o Salão Principal.

Lá dentro, encontraram-se com os colegas, que não puderam deixar de comentar a beleza das quatro jovens, embora houvessem várias outras garotas muito bem vestidas. Alguns convidados de fora de Hogwarts começaram a chegar. Cornelius Fudge e sua esposa cumprimentaram Dumbledore, Harry e seus amigos. Em seguida, para alegria de Hagrid, Madame Olímpia Maxime, diretora da Academia Beauxbatons, chegou, acompanhada de Fleur e Gui. Viktor Krum, agente da Ordem da Fênix na Região dos Bálcãs, veio acompanhado de sua prima, uma bela morena chamada Elisabeta Krum. Madame Rosmerta entrou no Salão Principal trajando vestes a rigor em tonalidade vinho e dirigindo-se, para espanto de todos, até onde encontrava-se o Prof. Snape. Este, ao vê-la, levantou-se e foi ao seu encontro. Ante os olhos admirados de todos os presentes, trocaram um romântico beijo e Snape, oferecendo-lhe o braço, conduziu-a até sua mesa, ajeitando a cadeira para que ela se sentasse. Diego sorriu internamente, lembrando-se da conversa que tiveram no três vassouras.

As bandas foram chamadas ao palco e deram início ao baile e os casais começaram a dançar. Jana Feubor que havia acabado de chegar, ficou quase da cor de um fantasma, ao ver que Sophia estava linda. Com a raiva, parte do seu pileque passou. Mesmo antes do baile, já consumira uma razoável quantidade de uísque de fogo que contrabandeara para o dormitório, fato que já havia ocorrido anteriormente, por diversas vezes. Usava vestes a rigor vermelhas com detalhes em dourado, de um modelito ousado e provocante, em estilo oriental. Insinuava-se ora para um ora para outro rapaz, já tendo dançado com vários, inclusive Colin Creevey, Roger Davies, Dino Thomas (Martinette ficou uma fera) e Michael Corner. Diego comentou com Sofi e Arion:

_Se Jana não parar de beber e de se abrir para todos os rapazes do salão, acho que iremos ter uma cena bastante desagradável logo mais.

_Tem razão, Diego. _ disse Draco. _ Acho melhor chamarmos Cabelu e Victor, para anteciparmos nossa surpresa.

Diego fez um sinal para Cabelu, que encontrava-se perto do palco e este fez um sinal para o vocalista. Em seguida ele e Victor juntaram-se aos dois. A banda começou a tocar uma outra música, uma música no ritmo dos antigos clássicos musicais de Hollywood. Imediatamente os quatro enlaçaram suas garotas e começaram a dançar, com estilo. As garotas estavam sentindo uma certa dificuldade para acompanhá-los, ao que cada um deles disse, ao ouvido de seu par: ?Apenas sigam pelo Ki?.

Os quatro casais dançavam no centro do salão, todos os outros abrindo espaço e assistindo, de queixo caído, àquele espetáculo digno da Broadway. Mais ou menos pela metade da música, os rapazes soltaram suas damas e deram início a uma elaboradíssima coreografia masculina, mesclando passos de ?A Lenda dos Beijos Perdidos?, ?Cantando na Chuva?, ?Sete Noivas para Sete Irmãos?, ?Os Embalos de Sábado à Noite?, ?Grease? I e II, ?All That Jazz?, ?Fama? e ?Xanadu?. Seus passos eram totalmente coordenados, cada um seguindo o Ki do outro em uma perfeita harmonia, como se fossem uma só pessoa. Quando aproximavam-se os acordes finais, os quatro deslizaram pelo chão de joelhos, parando cada um à frente de sua namorada, ajoelhado sobre o joelho esquerdo e com o braço direito estendido para a dama. Instintivamente cada uma delas estendeu o braço esquerdo, seu parceiro levantando-se, tomando-a pela mão e atraindo-a para si em um rodopio, enlaçando-a e abraçando-a por trás e, finalmente, ambos inclinando a cabeça, concluindo com um beijo que coincidia com a execução da nota final da música. Foi um choque para todos quando Lily se deixou beijar por Arion.

O eco dos aplausos reboou pelo Salão Principal, todos batendo palmas, sem exceção. Jana aplaudia, entusiasticamente. Até mesmo os sonserinos mais radicais manifestavam sua admiração pela habilidade demonstrada por Diego, Victor, Arion e Cabelu. Quando cessaram as palmas, Dumbledore aproximou-se dos quatro, vibrando de contentamento.

_Maravilhoso, rapazes. Absolutamente fantástico. Isso é algo que remonta aos tempos áureos de Hogwarts. Uma das mais belas manifestações da cultura trouxa, o cinema, principalmente os musicais. O pessoal que estava gravando o clip para o conjunto registrou tudo, do início ao fim. Mas de onde surgiu essa idéia?

Diego então falou:

_Primeiro eu e Cabelu pensamos em fazer uma homenagem as garotas, por serem tão especiais pra nós.

_Nós também ficamos boquiabertas. _ disse Sofi_ Quando Diego e os outros rapazes disseram que nos fariam uma surpresa nesse baile eu não imaginei que seria isso. Muito obrigada, meu amor. _ e beijou o namorado. Arion continuou a explicação:

_Então pensamos em homenagear a nossas namoradas. _e olhando para Lily. _ e amigas. Pedimos para que a Sala Precisa recriasse um Home Theater e dezenas de DVDs com musicais trouxas de Hollywood, para aprendermos os passos dos números de dança. Tomamos uma verdadeira overdose de cinema. Mas tivemos uma grande ajuda. _ e apontou para uma das portas do Salão, de onde, vestindo bem talhados smokings, dois fantasmas acenavam para eles. Um era o de um homem alto, magro e meio calvo e o outro era o de um homem mais baixo, com um sorriso cativante, cujos olhos estreitavam-se quando sorria. Fred Astaire e Gene Kelly, dois verdadeiros magos da dança, haviam vindo diretamente do além para prestar uma assessoria ao quarteto de rapazes apaixonados.

Enquanto o baile seguia, foi ficando cada vez mais evidente e desagradável o comportamento de Jana, que parecia estar abrindo caminho até Diego e Sofi. Ela comentou com o namorado:

_Ela está totalmente embriagada. E não é a primeira vez. Ela tem bebido um bocado no decorrer do ano e isso inclusive tem interferido com o desempenho dela nos obliviadores e nos estudos. Eu soube pela Luna que ela está a um passo de ser internada na ala hospitalar. E, o que é pior, ela não quer admitir que tem um problema.

_ Repararam que Jana está meio que abrindo caminho até aqui, pedindo às damas que a deixem dançar com seus pares? Logo você será o alvo dela, Sofi. Com certeza ela vai pedir para que você ceda o Di para uma dança e aposto que vai armar um barraco se você recusar. _ Disse Naty que dançava com Victor

_Tudo bem, Naty. Acho que eu vou deixar.

_O que? _ espantou-se Diego _ Vai deixar que eu dance com ela, se ela vier pedir?

_Sim, querido. Vamos dar corda para ver até onde ela vai. Aposto que vai tentar arrastá-lo, discretamente, para os jardins. Se ela fizer isso, acompanhe-a, sem mostrar desconfiança. Tome, é uma jóia de comunicação, saberei o que se passa.

_Genial, meu amor. Jamais me separarei dela. Vou deixá-la ligada o tempo todo para você saber o que vai rolar. Só que você podia ter um pouquinho mais de pena de mim, Sofi.

_???

_Não se esqueça de que sou eu que vou ter de agüentar o ?perfumezinho? de destilaria que ela, com certeza, está exalando. Mas será um pequeno sacrifício para resolver essa questão e livrá-la de um mico maior do que o que ela já está pagando.

Dito e feito. Jana pediu a Sofi que deixasse Diego dançar uma música com ela e meio que se surpreendeu da loira deixar. No meio da música, deu um jeito de arrastá-lo até os jardins. Sentaram-se em um banco e Diego perguntou :

_Por que você está fazendo isso, Feubor? Para que esse papelão?

Com a voz pastosa pela embriaguez, Jana disse:

_Diego, essa foi a única maneira de você prestar atenção em mim. O que aquele Leprechaun da Sophia tem que eu não tenho?

_Eu poderia enumerar muitas coisas, entre elas o caráter, a honestidade e o coração puro mas, no momento, basta dizer que é a ela que eu amo. Não há nada que você possa fazer quanto a isso. Além do mais só aquele golpe baixíssimo, no qual você teve a coragem de envolver o Malfoy, já mostrou o suficiente quem você é ou, pelo menos, quem você está tentando ser.

_Eu amo você, Di. E estou disposta a qualquer coisa para tê-lo comigo. Qualquer coisa. E além do mais Draco não parecia estar mostrando desagrado com aquilo.

_Não percebe que atitudes desse tipo só servem para afastar as pessoas de você? Não se iluda. Eu jamais abandonaria Sofi por sua causa ou por causa de qualquer outra. Além do mais isso não é amor e sim obsessão. Você inventou que tem de entrar em uma disputa com Sofi, na qual o prêmio sou eu. Nada a ver, Feubor. Além de eu não ser um troféu, essa disputa só existe na sua cabeça, não passa de um capricho de uma garota rica e mimada, que não admite o fato de não ser o centro das atenções e quer forçar a barra para recriar um amor que não mais existe. Isso é uma grande infantilidade.

_E se ela nos pegasse aqui e agora... assim? _ e pregou em Diego um beijo de sugar a alma. Em lugar de sentir qualquer excitação, ainda que fisiológica, ele sentia-se era enjoado pelo hálito carregado de álcool da garota. Ao término do beijo, ele disse a ela:

_Não aconteceria nada porque, em primeiro lugar, ela está sabendo de tudo o que acontece, através disto aqui. _ e mostrou a jóia de comunicação no seu pulso. A garota ficou cinzenta de susto.

_F-foi tudo combinado? Sofi estava sabendo de tudo?

_Pensei que você, assim tão experiente em armações, soubesse reconhecer uma quando a visse. Acha que eu teria te acompanhado com tanta facilidade se não houvesse um motivo para isso? Sofi e eu combinamos tudo com a finalidade de tentar trazer você de volta à razão. _ Sofi chegava naquele exato momento e complementava as palavras dele:

_É verdade, Jana. Nós não lhe queremos mal. Acontece que essa obsessão só está servindo para prejudicar você. De tanto pensar só no Di, que não está mais disponível, você está perdendo tempo em não perceber outros rapazes. Só que nenhum deles vai querer saber de uma garota que fica por aí se embriagando e se atirando para todos, tentando atrair a atenção de um. Isso apenas os afasta. Além disso, por mais que você tenha tentado nos prejudicar este ano, Diego e eu gostamos de você _ e o garoto concordou, acenando com a cabeça _ e ficaríamos muito magoados se soubéssemos ter qualquer parcela de responsabilidade se, por acaso, você se tornar uma alcoólatra.

Jana tinha os olhos marejados de lágrimas, por tomar consciência da seqüência de besteiras que andara fazendo desde o início do ano. Deixou que elas corressem livremente, enquanto era confortada por Sofi e Di, sentados um de cada lado dela. Diego então disse, com voz suave e de maneira até carinhosa:

_Jan, nem sempre as coisas que precisamos ouvir são agradáveis, o que não quer dizer que não precisemos ouvi-las. Agora vamos procurar o Prof. Snape e ver se ele tem um pouco de Poção para Curar Bebedeiras. Aí você toma uma dose e ainda pode aproveitar o restante do baile. Vamos lá.

_Não será necessário, Diego. _ ouviu-se uma voz etérea ao lado deles _ Eu sempre tenho um pouco comigo, para o caso de alguém se exceder nas festas. Podem deixá-la comigo e vão curtir o baile.

_Obrigado. _ disseram juntos, retornando para o Salão Principal.

_Venha, minha querida. Tome a poção e volte para junto dos outros. _ela tomou a poção. Imediatamente a tontura e a embriaguez passaram.

_Querida, que tal agora você ir para o Salão Principal e, no próximo intervalo que a banda fizer você subir ao palco e se retratar publicamente por suas atitudes, prometendo que não vai mais incomodar Sr Blanc e a Srta Fleurs?

_Sim, senhora. Excelente idéia. _ e, imediatamente, Jana retornou ao Salão Principal, com uma expressão leve e despreocupada em sua face.

Quem olhasse para o rosto da professora de Adivinhação, Sibila Trelawney, perceberia um sorriso, porém muito diferente daquele com o qual os alunos estavam acostumados. Era um sorriso maligno, com a boca crispada em um esgar, encimada por narinas frementes e olhos que, aumentados pelas lentes de seus óculos, brilhavam de modo insano, fanático.

No Salão Principal a banda havia feito um intervalo. Nesse meio tempo, Jana foi conversar com o vocalista e, em seguida ele subiu ao palco, dizendo:

_Senhoras e senhores, a Srta. Jana Feubor tem algo a dizer para todos vocês. _ Todos esperavam um monte de abobrinhas ditas com voz pastosa mas, quando ela começou a falar, foi com voz firme e sóbria, depois de fazer uma reverência:

_Boa noite. Tenho muito a lhes dizer. Primeiramente queria pedir desculpas por meu comportamento desde o começo do ano, o qual foi totalmente indigno de uma aluna de Hogwarts, membro da Casa Corvinal e, principalmente, para uma amiga. Estou certa de que meus pais e mesmo meus ancestrais mais remotos devem estar bastante descontentes, sentindo-se desonrados pela minha conduta. Me excedi na bebida freqüentemente, permitindo que isso interferisse no meu desempenho escolar, social e esportivo. Acredito que devo estar, no mínimo, beirando a dependência. Me portei de maneira inconveniente, obcecada por um amor que não era recíproco, prejudiquei a harmonia de várias pessoas que só queriam o meu bem. Agi como uma menina mimada e caprichosa, fiz coisas desejando o mal de dois grandes amigos que formam um casal perfeito, apenas porque achava ser possível acender um amor que não existia. Envenenei meu espírito, impedindo sua elevação e agora, perante Deus e em nome de Merlin, quero me retratar com todos vocês, declarando estar arrependida de tudo o que fiz e prometendo fazer de tudo para consertar o mal que fiz, especialmente a Diego Blanc e sophia Fleurs. Adoro vocês e prometo nunca mais incomodá-los. Minhas mais sinceras desculpas. _ e, fazendo uma nova reverência, terminou de falar e desceu do palco, sendo alvo de estrondosos aplausos. Ao passar por onde estavam os Inseparáveis, foi cercada por eles e calorosamente abraçada recebendo, ao mesmo tempo, um beijo de Sofi e outro de Di, um em cada face. Pouco depois a banda recomeçou a tocar. Jana foi tirada para dançar por Luke Donovan, aluno do sétimo ano, da Casa Lufa-Lufa. Os dois não se largaram mais por todo o resto do baile. O Prof. Snape, acompanhado por Madame Rosmerta, aproximou-se e disse:

_Não se preocupe, Srta. Jana. Compareça amanhã na ala hospitalar e procure por Madame Pomfrey, para iniciar um tratamento com algo que eu e ela inventamos, a Poção Abstemius. Garanto que, com uma dose diária, a senhorita deverá estar livre da dependência em uma semana.

_Obrigada, Prof. Snape. Prometo que amanhã, sem falta, estarei lá.

Os Inseparáveis divertiam-se, principalmente porque um grande problema se resolvera e tudo estava em paz. Dançavam com grande animação e, graças às aulas dos fantasmas de Fred Astaire e Gene Kelly que haviam ficado para o baile a convite de Dumbledore e davam uma amostra de suas habilidades, apresentavam-se de forma soberba. Mas todos ficaram surpresos com a desenvoltura de Snape, que ninguém imaginava saber dançar, a conduzir Madame Rosmerta pelo salão como se jamais tivesse feito outra coisa na vida. Estava tudo perfeito. Boa música, excelentes comes e bebes e um clima de harmonia como raramente era possível ver. Parecia que nada poderia estragar aquela noite maravilhosa.

Continua...